Política Titulo Impasse
Diadema desiste de UPA em Piraporinha

Sem destravar imbróglio jurídico da área escolhida, Prefeitura pedirá à União unidade no Centro

Natália Fernandjes
Raphael Rocha
24/07/2014 | 07:52
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


A Prefeitura de Diadema desistiu de construir UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) em terreno em frente à subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na Avenida Encarnação, no bairro Piraporinha. Sem conseguir destravar imbróglio jurídico em relação à área escolhida para abrigar o equipamento, a administração do prefeito Lauro Michels (PV) vai encaminhar ao Ministério da Saúde projeto para erguer unidade em espaço no Centro, ao lado do shopping Praça da Moça.

Autorizada em abril de 2012, ainda na gestão de Mário Reali (PT), e licitada em R$ 2,6 milhões, a UPA Piraporinha nunca saiu do papel. Assim que chegou ao Paço, Lauro informou que não efetivaria o projeto porque o Executivo não possuía titularidade do terreno. Durante meses Prefeitura e ministérios da Previdência (detentor da área) e da Saúde costuraram alternativas para implementação da unidade no bairro. Não houve acerto.

“Vamos propor troca de recursos”, adiantou o chefe do Executivo. A intenção é fazer com que verba empenhada no governo federal para a UPA seja destinada para reforma do pronto-socorro do Hospital Municipal, instalado há duas décadas no mesmo bairro. Paralelamente, tramitaria a solicitação do equipamento em espaço na Rua Manoel da Nóbrega. “(Se houver dinheiro para reforma do pronto-socorro e construção da UPA no Centro) Desafogaria o HM e a UBS (Unidade Básica de Saúde) do (bairro) Eldorado. A gente terminaria com os problemas de 24 horas na cidade”, estimou o verde.

Lauro informou que o terreno na Rua Manoel da Nóbrega, em frente ao shopping, é de titularidade do Paço, o que facilitaria os trâmites junto ao Ministério da Saúde. “É a melhor localização que pode ter. Melhor até que em Piraporinha”, opinou o prefeito.

A construção da UPA Piraporinha foi licitada em 2012 por R$ 2,6 milhões e a empresa Ematec Engenharia e Sistemas de Manutenção venceu a concorrência pública. A terceirizada chegou a colocar tapumes no terreno e placa indicativa da obra, mas logo interrompeu os trabalhos. A área se tornou depósito de entulho, conforme noticiou o Diário em abril de 2013.

Segundo o chefe do Executivo, o valor envolvido na construção do equipamento está defasado em pelo menos R$ 4 milhões. Do total do contrato, R$ 1,85 milhão foi transferido aos cofres municipais. Caso saísse do papel, seria necessário a União transferir ao menos R$ 7 milhões para conclusão do projeto, avaliou o verde. “Com esse dinheiro hoje eu não faço nem o primeiro andar da UPA. Nesse tempo subiu o preço do cimento, da mão de obra. Tudo subiu.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;