Política Titulo Reajuste
Michels articula aumento de salário a secretários
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/12/2012 | 07:33
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O prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), negocia com aliados do atual chefe do Executivo, Mário Reali (PT), o encaminhamento de projeto de lei para aumentar salário dos secretários municipais. A avaliação do verde é que o subsídio pago ao primeiro escalão está defasado das demais prefeituras do Grande ABC e do setor privado.

A intenção é majorar em ao menos R$ 2.000 os vencimentos. Atualmente, os secretários de Mário Reali (PT) recebem R$ 8.884 brutos. Com descontos, o salário cai para R$ 6.885. Michels negocia para que os ganhos sejam de, no mínimo, R$ 11 mil brutos.

O verde já reclamou publicamente do que chamou de "baixo salário". Porém, durante a campanha, pregou enxugamento da máquina pública, inclusive com corte de 35% nos cargos comissionados e redução no número de secretarias.

O debate sobre a majoração salarial teve início há 20 dias, com o presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB). Pela LOM (Lei Orgânica do Município), a mesa diretora é responsável por apresentar o projeto de lei para aumentar os vencimentos dos entes públicos.

Para garantir acréscimo nos salários dos secretários, Michels precisará correr na articulação com a Câmara. O parágrafo sétimo, do artigo 18 da LOM determina privativamente ao Legislativo "fixar a remuneração do prefeito, do vice-prefeito e secretários municipais, em cada legislatura para a subsequente". Ou seja, Michels não poderá reajustar os vencimentos do primeiro escalão após tomar posse.

EXTINÇÃO

As duas primeiras secretarias cortadas serão Meio Ambiente e Segurança Alimentar. Criada justamente para abrigar o PV na gestão de Reali, a Secretaria de Meio Ambiente deve se fundir com Habitação - setor esse que será gerenciado por Eduardo Monteiro. Já Segurança Alimentar pode ser unida a Desenvolvimento Econômico ou Assistência Social. Nenhuma das duas áreas têm nomes definidos.

Pressionado, verde pode recuar sobre indicação de Rosi

Dada como certa, a indicação da secretária de Educação de Ribeirão Pires, Rosi de Marco (PV), para comandar o setor educacional no governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), pode não se concretizar. O próximo gestor diademense tem sofrido pressão de aliados e professores da rede pública que o apoiaram para escolher nome da cidade.

Na terça-feira, o verde reuniu-se com seu grupo político e com docentes de Diadema para debater sobre a sondagem. Os dois setores contestaram a indicação da educadora de Ribeirão Pires. Aliados temem entregar a segunda maior Pasta do governo para alguém que não tem base política em Diadema. Já professores receiam por eventual turbulência que a vinda de Rosi possa gerar na rede pública.

O nome que ganhou força para liderar a área da Educação é o do vereador eleito Marcos Michels (PV), que tinha sido confirmado para a chefia de Gabinete.




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