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Justiça abre ação contra desfalque no Imprerp

A pedido do MP, juiz da 2ª Vara Cível de Ribeirão analisará suposta fraude de R$ 5 mi em instituto

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
17/07/2014 | 07:17
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Marina Brandão/DGABC


Juiz da 2ª Vara Cível de Ribeirão Pires, Sidnei Vieira da Silva acatou denúncia do Ministério Público para julgar suposto esquema que teria causado prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres do Imprerp (Instituto de Previdência de Ribeirão Pires). Ex-superintendente da autarquia, Carlos Alberto da Silva e outros ex-integrantes da instituição respondem judicialmente por crime de improbidade administrativa.

A Promotoria de Ribeirão Pires ajuizou ação civil na Justiça depois de a Prefeitura, atualmente sob o comando de Saulo Benevides (PMDB), apontar fraude nas folhas de pagamento do Imprerp. Segundo o MP, dois funcionários teriam sido responsáveis por burlar os valores reais de seus salários antes de as planilhas com a ordem de pagamento irem ao banco responsável pelo pagamento dos vencimentos. O esquema, de acordo com o MP, era efetuado depois de o então superintendente da autarquia avalizar as transações financeiras.

A suposta irregularidade teria ocorrido entre 2009 e 2012, durante a última gestão do ex-prefeito Clóvis Volpi (então no PV, hoje no PTB), atual secretário adjunto na Pasta estadual de Esporte, Lazer e Juventude. Inicialmente, a atual administração previa desfalque de R$ 1 milhão, mas depois o Paço alegou que o prejuízo poderia chegar a R$ 5 milhões.

O governo não divulgou os nomes dos envolvidos alegando que o caso está sendo investigado sob sigilo. O Paço se limitou a informar que todos os servidores suspeitos foram demitidos. A Justiça também bloqueou os bens dos funcionários.

Volpi não está arrolado no processo ajuizado pelo MP. O ex-prefeito nega qualquer envolvimento no esquema e diz que, como chefe do Executivo, não interferia na atuação do Imprerp. O hoje petebista sustenta que a autarquia possui gerência independente e que a única responsabilidade dele foi a nomeação de Carlos Alberto da Silva para superintendência do instituto.

Em 2012, último ano em que Clóvis Volpi esteve à frente do Paço, a receita do Imprerp estava estimada em R$ 11 milhões, além do montante de R$ 4,3 milhões referentes às contribuições previdenciárias.

A equipe do Diário não localizou Carlos Alberto da Silva para comentar o caso.

PENTE-FINO
Atual superintendente do Imprerp, Carlos Alberto Lima afirmou que a autarquia vai contratar empresa para efetuar auditoria no instituto. “Queremos saber exatamente qual o prejuízo desse desfalque e o modus operandi do esquema”, frisou.

Além do MP, a atual direção da autarquia e a própria Prefeitura têm contribuído para as investigações da Justiça. 




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