Tanto Nissan March quanto Renault Sandero estão classificados como hatches pequenos. Outra semelhança é a recente chegada ao mercado. O primeiro, ganhou reestilização no fim de maio, o outro, veio (quase) completamente reformulado há pouco mais de duas semanas. Ambos são feitos no Brasil (respectivamente, São José dos Pinhais, Paraná, e Resende, Rio de Janeiro) e têm opções de motorização 1.0 ou 1.6.

Em meio a tantos pontos em comum, bolamos este comparativo com as versões de menor litragem. São elas: March 1.0 SV (R$ 36.990) e Sandero Expression 1.0, de R$ 34.990.

O fato é que, mesmo renovado, o hatch paranaense ficou mais barato. Parte de R$ 29.890 na configuração Authentique – R$ 660 mais em conta que a geração anterior, que não oferecia direção hidráulica. Já o March Conforto 1.0 não sai por menos de R$ 32.990. Mas vale dizer que o modelo mexicano ainda pode ser comprado por R$ 27.990.

DESEMPENHO

Neste embate de motores compactos (e flexíveis) e câmbio manual de cinco marchas, claro, não dá para esperar um desempenho incrível. Mas, em ambos, o trabalho é bem equilibrado. Embora pouco menos potente, o conjunto transmissão e suspensão é mais justo no March.

O torque do Sandero é maior e, mesmo com peso extra (57 quilos), tem desempenho melhor que o adversário. Porém, embora tenha comportamento um tanto quanto moroso, o March é mais ágil em arrancadas.

Quando há exigência de redução de marcha, a informação é exibida no quadro de instrumentos. Um plus para a economia de combustível. Aliás, o Renault chegou a 11,1 km/l durante a avaliação.

ESPAÇO

Além do preço, do visual e do desempenho, aqui as diferenças são notáveis no espaço interno. Com 4,06 metros de comprimento, o Sandero oferece 14 centímetros a mais no espaço entre os eixos – 2,59 metros no total. Sem contar o porta-malas de 320 litros, contra os 265 litros do rival. 

Em relação ao acabamento, os dois levam pontos. A ausência de rebarbas (comum em muitos modelos da concorrência) e as peças bem encaixadas denotam capricho tanto por parte da Nissan, quanto da Renault. Mas, verdade seja dita, os materiais do Sandero são melhores. Plástico ambos têm de sobra, mas o utilizado pela Renault é mais agradável ao toque.

De um tempo para cá, é notável a busca das montadoras por itens de conforto e comodidade para seus veículos. E isso não é diferente nos segmentos populares. Para se ter ideia, o Sandero traz até câmera de ré, sensor de estacionamento e sistema de navegação GPS. Os itens são disponíveis através do opcional Techno Pack, que traz a tecnologia Media NAV. Acrescenta R$ 1.200 ao preço final.

No March, o opcional é o automatizador de vidros (antiesmagamento) e alarme. Sai por R$ 1.122. De resto, ambos vêm, claro, com air bag duplo e freios antitravamento, além de ar-condicionado, coluna de direção e banco do motorista ajustáveis em altura, computador de bordo, travas elétricas. No Sandero, os vidros traseiros têm comando manual e os retrovisores externos não são elétricos. No Nissan, sim.