Em época de Copa, não são só os jogadores que se destacam por boas atuações, os árbitros também. Mas não é fácil se tornar juiz de futebol. Além de ter mais de 18 anos, preparo físico e disciplina, o aspirante precisa de formação específica. “Pela Federação de Futebol, o curso dura dois anos, com aulas teóricas e práticas. Tem custo mensal de meio salário mínimo (R$ 362). Passa por quatro estágios até chegar ao topo, que são jogos da primeira divisão”, diz Rita de Cássia Rogério, diretora da Associação de Árbitros da Grande São Paulo.

O salário dos juízes que não pertencem à Fifa é de cerca de R$ 2.000 por partida. Para apitar jogos internacionais recebem R$ 3.000. Fazem, em média, três partidas por mês. Para árbitros de jogos amadores, o caminho é menos difícil. O curso dura 40 horas e custa, aproximadamente, R$ 150. “Só que o valor da partida amadora também é menor. Varia de R$ 50 a R$ 100.” Apesar de a participação das mulheres no futebol ter crescido, a procura delas pelo curso ainda é pequena. Segundo Rita, 85% dos juízes são homens.

COPA DO MUNDO
O representante do Brasil no Mundial é o árbitro Sandro Meira Ricci, de Minas Gerais, que, ao lado dos assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse, estreou em 15 de junho no jogo entre Honduras e França. Na partida, Ricci foi o primeiro juiz a usar recurso tecnológico para validar gol em uma Copa. O trio de arbitragem também foi escalado para a partida entre Alemanha e Gana, que rolou no dia 21.