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Morando representará PSDB depois de crise

Há 4 anos, tucanato teve sete candidatos e ganhou 345 mil votos; agora, só terá dois concorrentes

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/07/2014 | 07:34
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Celso Luiz/DGABC


Único deputado estadual do PSDB do Grande ABC, Orlando Morando terá missão de representar praticamente sozinho a sigla na eleição proporcional de outubro, dois anos depois de a região confirmar nas urnas o esfacelamento do tucanato nas sete cidades. Há dois anos, apenas um prefeito do PSDB foi eleito (Gabriel Maranhão, em Rio Grande da Serra) e somente oito vereadores, num universo de 142 cadeiras, tiveram êxito eleitoral.

O PSDB regional terá somente dois candidatos no pleito de outubro, e só Orlando Morando como nome de expressão – além do parlamentar de São Bernardo, o suplente de vereador Daniel Córdoba, de São Caetano, foi homologado para concorrer a vaga na Assembleia Legislativa. Córdoba registrou 576 votos na eleição de dois anos atrás e irá dobrar com Bruno Covas (PSDB), que buscará cargo federal.

A redução de força do tucanato fica evidente na comparação com o número de candidaturas do PSDB regional em 2010 e a quantidade de votos da chapa de representantes dos sete municípios.
Há quatro anos, sete políticos se lançaram às urnas, entre postulantes à Câmara Federal e a deputado estadual. Dois foram eleitos: Morando para o Parlamento paulista (com 138.630 votos) e o ex-prefeito de São Bernardo William Dib para deputado federal (com 113.823 votos, e que não tentará reeleição).

Outros três tucanos ultrapassaram a marca de 10 mil votos, casos do ex-vereador de Santo André Marcelo Chehade (12.137 votos para deputado federal), o atual diretor da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), Admir Ferro (22.275 adesões para deputado estadual), e o ex-prefeito de Diadema e atual secretário de Saúde do município, José Augusto da Silva Ramos (51.952 sufrágios à Assembleia).

No total, os sete candidatos do tucanato do Grande ABC receberam 344.816 votos, quantidade completada pelas votações de Miguel Heredia (Santo André) e Jair Paca de Lima (Santo André), ambos concorrentes a cadeira no Legislativo estadual.

“Sei que a responsabilidade é grande, mas tenho grupo importante ao meu lado. Esse grupo, que ajudou muito minha eleição em 2010, está mais forte, com mais lideranças. Minha campanha será pluripartidária”, anunciou Morando.

O deputado tucano evitou criticar brigas passadas no PSDB. “Quem olha para o retrovisor corre risco de bater na frente. Tudo que tinha de falar sobre essa situação (racha no tucanato) eu disse no passado. Não vou chorar o leite derramado.”

Morando destacou apoios de políticos de outras legendas. No rol de aliados estão nomes como o do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), do secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD), e dos vereadores Fábio Palacio (PR-São Caetano), Ailton Lima (Solidariedade-Santo André) e Antônio Cabrera (PSB-São Bernardo). Entre os tucanos, estão na lista os vereadores Hiroyuki Minami (São Bernardo), Juarez Tudo Azul (São Bernardo) e Beto Vidoski (São Caetano).

DESISTÊNCIAS
Antes da efetivação da montagem da chapa, alguns tucanos do Grande ABC ameaçaram concorrer no pleito de outubro.

Chehade e Ferro foram cotados para figurarem novamente nas urnas neste ano, mas não levaram o projeto adiante. O vereador de Diadema José Dourado tentou herdar legado deixado por Zé Augusto, contudo foi convencido pelo prefeito Lauro Michels a apoiar nomes indicados pelo Paço. 




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