Ao parar para conversar com cada eleitor na Cidade São Jorge, onde realizou caminhada e minicarreata na manhã de ontem, o candidato do PDT à Prefeitura de Santo André, Raimundo Salles, perguntava qual era a decepção do munícipe com o prefeito Aidan Ravin (PTB), que concorre à reeleição. "Procuro observar quais os anseios das pessoas, o que elas querem, para saber as principais necessidades da população e o que terei de fazer em meu governo", explicou o prefeiturável.

Salles disse que, assim como os munícipes descontentes com a atual gestão, também se sente desapontado com o chefe do Executivo. "Estou decepcionado com ele. No segundo turno da última eleição (em 2008), meu partido (estava no DEM) tomou a decisão de apoiar o Aidan, porque não tinha condições políticas de apoiar o PT (que lançou Vanderlei Siraque). Então, tinha muita esperança que o governo dele tivesse sucesso."

No entanto, essa frustração com o petebista está sendo tratada como trunfo para a arrancada da candidatura nesse pouco mais de um mês antes do primeiro turno, que acontece em 7 de outubro. "A dinâmica de campanha ganha corpo agora, com o Aidan sendo cobrado na rua, porque o índice de rejeição dele é altíssimo (30,9%, segundo pesquisa feita pelo Diário). Isso é o que tem empolgado nossa candidatura", afirmou o postulante ao Paço andreense.

Apesar de ter registrado queda de 4,1 pontos no levantamento de intenção de votos, passando de 17,8% para 13,7%, o prefeiturável está confiante em ir para o segundo turno e disse que, nem sempre, as pesquisas mostram o resultado das urnas. "Estamos consolidados como terceira via. Na eleição passada, em agosto, eu tinha 9% e acabei com diferença muito pequena em relação ao Aidan", alegou o candidato.

Diferentemente da declaração do postulante, no mês citado de 2008 a pesquisa do Diário apontou Salles com 13%. Na apuração de votos do primeiro turno, o então democrata registrou 19% e o petebista 21%.

Propostas - Durante a atividade na Cidade São Jorge, Salles prometeu dialogar, caso for eleito, com os comerciantes da Avenida São Paulo sobre a implementação de estacionamento rotativo no bairro, já que alguns lojistas reclamaram que estão perdendo clientes por conta das poucas vagas disponibilizadas. Sobre o mesmo tema, o prefeiturável também disse que pretende flexibilizar o horário da Zona Azul no entorno de hospitais.