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Mutirão vai identificar vítimas de violência em unidades de Saúde

Ação integra programa federal e servirá de base para políticas públicas

Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
26/05/2014 | 07:03
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André Henriques/DGABC


Durante o mês de setembro, o PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita e o CHM (Centro Hospitalar Municipal), em Santo André, serão palco de mutirão para detectar casos de violência contra crianças, mulheres e idosos. A ação integra o programa Viva Inquérito (Inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes), do Ministério da Saúde, realizado desde 2006 a cada dois anos. Entre os objetivos traçados está evitar a subnotificação desses tipos de ocorrências e obter banco de dados capaz de proporcionar informações para aplicação de políticas públicas.

Em Santo André, a estimativa é que 50% das ocorrências relacionadas a acidentes e violência sejam subnotificadas. Em setembro de 2013 foram atendidos 609 casos no PA da Vila Luzita e 662 no CHM. A meta para este ano é chegar a 1.500 notificações nos dois serviços, de acordo com o Ministério da Saúde.
“Sabemos que esses tipos de agravos são subnotificados. Ou as pessoas não procuram as redes de Saúde ou o problema é mascarado quando chega, como, por exemplo, casos de pessoas que informam ter caído da escada quando foram vítimas de violência doméstica”, destaca a coordenadora da Resavas (Rede de Saúde para Atenção às Violências e ao Abuso Sexual), órgão ligado ao Departamento de Vigilância à Saúde da Prefeitura de Santo André, Maria Aparecida Dix Chehab.

Equipe será formada por Maria Aparecida em parceria com o departamento de Vigilância em Saúde e ficará responsável por abordar todas as vítimas que derem entrada nos dois equipamentos públicos em decorrência de violência e acidentes durante 24 horas por dia. A cidade recebeu verba de R$ 33 mil do governo federal para executar as ações. “Teremos um questionário detalhado para conseguir identificar o perfil epidemiológico das vítimas, entender qual é o tipo de violência que mais ocorre em Santo André”, observa a médica.

No prazo de dois a três meses após realização do inquérito, o município receberá os dados consolidados do Ministério da Saúde. As informações serão usadas, segundo Maria Aparecida, para o planejamento de projetos voltados à resolução dos problemas apontados. “Podemos citar como exemplo o fato de Santo André ter sido autorizada a criar uma secretaria especial voltada às políticas públicas para as mulheres após ser constatado em anos anteriores que nosso dado epidemiológico é alto”, ressalta. 




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