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Diante de professores descontentes, Cristovam fala em bons salários

Em palestra, senador e ex-ministro da Educação diz que docente tem de ganhar R$ 9.500

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
06/05/2014 | 07:01
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Andréa Iseki/DGABC


Em meio à crise entre a Prefeitura de São Caetano e os funcionários públicos do setor em torno de melhorias salariais, o ex-ministro da Educação e atual senador Cristovam Buarque (PDT-DF) falou da “falta de prestígio aos professores” e defendeu a valorização dos servidores. Em debate realizado na noite de ontem no Teatro Paulo Machado de Carvalho, o pedetista afirmou que a remuneração ideal seria de R$ 9.500.


 

Atualmente, São Caetano paga R$ 1.700 aos docentes por uma jornada de 20 horas semanais, variação de 460% abaixo do contracheque sugerido pelo senador. Aos profissionais que atuam em regime de horas, o salário é de R$ 8 a hora/aula. “Falam que as crianças de hoje em dia são muito violentas, mas, diante de sistema educacional que temos hoje, os considero pacíficos demais”, salientou o parlamentar. A conversa foi mediada por Daniel Belucci Contro, que comandou a Secretaria de Educação no governo Paulo Pinheiro (PMDB) até o ano passado, e também teve a participação do filósofo Mário Sérgio Cortella.


 

Ministro da Educação nos primeiros anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristovam Buarque citou a federalização do ensino como saída para o crescimento na Educação do País. “Eu duvido que o prefeito daqui tenha condições de oferecer um salário desses. A Educação tem de ser uma questão nacional, não do município. O governo federal só se preocupa com as universidades e escolas técnicas”, analisou.


 

Buarque destacou ainda a importância de a escola possuir “boas estruturas”. “A escola tem de ser bonita e agradável, caso contrário, não adianta bons salários.”


 

 

Educadores não protestam, mas divulgam paralisação


 

Os servidores públicos da Educação de São Caetano confirmaram ontem a paralisação na quinta-feira. Os educadores não protestaram publicamente durante o evento com o senador Cristovam Buarque (PDT), como haviam planejado. No entanto, espalharam panfletos anunciando a suspensão dos trabalhos por um dia e convidando os demais funcionários a aderirem à passeata até a sede da Secretaria de Educação. A concentração será às 8h, em frente à Câmara.




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