Economia Titulo Manifestação
Bancários param agência
do HSBC

Sindicato mobiliza trabalhadores em protesto
por reestruturação feita pela instituição

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
24/04/2014 | 07:29
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Marina Brandão/DGABC


A agência do HSBC da Avenida Dom Pedro II, em Santo André, foi fechada ontem pelo Sindicato dos Bancários do ABC, em protesto pelo processo de reestruturação que a instituição financeira tem realizado, que, segundo a entidade, está resultando em piora no atendimento ao público e em demissões.

O banco planeja fechar 20 unidades no País, com corte de 140 funcionários e, além disso, vem transformando agências em lojas de negócios, que têm o foco apenas em fornecer orientação para a realização de investimentos – o que também resultará em desligamentos, de acordo com o sindicato. Três estabelecimentos do HSBC na região já passaram por essa transformação neste mês (as dos bairros Barcelona e Fundação, em São Caetano, e a Ouro Fino, em Ribeirão Pires), e, a partir de 1º de junho, será a vez da agência do Parque das Nações, em Santo André.

Segundo o diretor dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, só em Ouro Fino, por exemplo, já foram mandados embora dois funcionários neste mês. “Vai haver mais demissões”, prevê. Ele acrescenta que, ao mesmo tempo em que isso ocorre, as unidades sofrem com a falta de empregados para atender os clientes.

Outro problema assinalado pelo sindicato é o fato de que, em alguns locais, como nesse bairro de Ribeirão Pires, só havia uma agência do banco e, agora, quem quiser pagar contas atrasadas ou descontar cheques na ‘boca do caixa’ terá de se deslocar quilômetros, em busca desses serviços.

Moreira cita ainda que, no Grande ABC, em 2013 o HSBC demitiu 80 funcionários. Atualmente, o banco conta com 18 agências e 450 trabalhadores nos sete municípios.

Segundo o dirigente, a instituição se dispôs a conversar, dentro de 30 dias, sobre a reestruturação. Até que isso ocorra, no entanto, o sindicato pretende seguir fechando agências uma vez por semana. Já houve paradas desse tipo em São Caetano e em Ribeirão Pires. “As paralisações vão continuar até que o banco sente para negociar”, afirma.

OUTRO LADO - Por sua vez, o HSBC informa, por meio de nota, que há comitês permanentes para a discussão de questões sindicais, e por isso não comenta o assunto.




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