Turismo Titulo Cunha
Provença à brasileira

Conhecida por seus ateliês de cerâmica, Cunha tem
agora um lavandário e dá largada à Festa do Pinhão

Heloísa Cestari
24/04/2014 | 07:54
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Heloísa Cestari/DGABC


Dentro de dois meses, o Sudeste francês será tomado pelo aroma e pelo inconfundível roxo dos extensos campos de lavanda que tanto caracterizam a paisagem da região nos meses mais quentes do ano, inspirando as telas impressionistas de pintores do quilate de Monet, Cézanne e Van Gogh. Não à toa, diversas localidades da Provença – como o platô de Valensole, Gorges du Verdon, Digne-les-Bains e Apt – celebram o período com festas em homenagem à flor, introduzida na França há 26 séculos. O Escritório de Turismo de Aix-en-Provence promove até excursões pelas cidades produtoras, com direito a visitas às plantações e à cobiçada usina da L’Occitane, em Manosque. Mas não é preciso mais ir tão longe para se deixar extasiar pelo visual monocromático e o perfume de alfazema que exala dos campos. Em dezembro, o município de Cunha, a 241 quilômetros de São Paulo, inaugurou O Lavandário, espaço de cultivo que, diferentemente dos originais franceses, mantém-se florido durante todos os meses do ano.

O clima de Cunha – com estações bem definidas, vento e solo árido – favoreceu a adaptação da planta no Vale do Paraíba, garante o agricultor José Carlos Rodrigo da Silva, 52 anos, que cuida dos pés desde quando começou o plantio, há dois anos. “O arbusto leva de seis a sete meses para atingir o tamanho máximo. A gente poda, espera mais cinco ou seis meses para dar outra poda e, depois, faz a destilação. É emocionante ver o resultado”, diz Silva, lembrando que são necessários 70 kg de lavanda (o que equivale a cerca de 100 pés) para se obter míseros 650 ml de essência. Mas campos não faltam à propriedade, que conta com 14 mil arbustos.

Além de cultivar e destilar o óleo essencial, o lavandário realiza pesquisas da planta aromática que resultam no desenvolvimento de produtos cosméticos e gastronômicos que beneficiam a saúde das pessoas e auxiliam nos cuidados com a casa. Por se tratar de uma espécie orgânica, é possível encontrar até temperos, sal grosso, açúcar, azeite e outros ingredientes de uso culinário aromatizados com flores secas de lavanda ou à base das sementes de estoeca.

Todos os itens estão à venda na loja do lavandário. Um pacote com biscoitos de semente, por exemplo, custa R$ 25 e pode ser encontrado nas versões doce ou salgada. Já o kit com açúcar, sal grosso e azeite aromatizados sai a R$ 88.
O óleo essencial, por sua vez, pode ser utilizado em aplicações terapêuticas (para queimaduras, calos, insônia e dores de cabeça) e cosméticas (como banhos, compressas e massagens). O frasco de 10 ml do óleo essencial custa R$ 18 e o de 20 ml, R$ 30.

Por fim, quem não abre mão da fragrância que tanto inebria os franceses pode comprar difusores de ambiente, sabonetes, sachês, água de passar, vasinhos decorativos e até buquês e guirlandas.

O Lavandário abre de sexta-feira a domingo e em feriados, das 10h até o pôr do sol.
Endereço: Km 54,7 da Estrada Cunha-Paraty (SP-171). Site: www.lavandario.com.br.

CERÂMICA

Desde a década de 1970, Cunha é internacionalmente conhecida como o maior pólo de cerâmica de alta temperatura da América do Sul. Hoje, reúne mais de 20 ateliês de artistas renomados, que em um determinado momento da vida optaram por deixar seus centros urbanos de origem e se refugiar em Cunha em busca de ar puro, água limpa, clima ameno e tranquilidade para moldar a argila com o devido carinho. O resultado são obras de arte únicas, que revelam o estilo próprio de cada criador e a técnica aplicada, já que o município conta com cinco tipos diferentes de forno para a queima da cerâmica – noborigama, a gás, de raku, elétrico e ocidental a lenha.

No ateliê Gaia, o casal Amália Fernández Gómez e Wagner Gambaré confeccionam peças em forno a gás de alta temperatura e também no raku. “No raku, o forno é pequeno, vai de 10ºC a 1.000ºC em uma hora, e você não pode colocar muitas peças porque elas têm de ser retiradas ainda incandescentes e levadas a uma câmara de material inflamável para ser submetidas ao gás carbônico. Essa fumaça penetra nas rachaduras para reforçar o efeito craquelado do raku. As partes que não têm esmalte ficam negras. Depois, cada peça é resfriada com água. Já no forno de alta temperatura, o craquelado é considerado um defeito”, explica Amália, que é natural de Ourense, no Noroeste da Espanha, e trabalhava com cooperação internacional na Metodista, em São Bernardo.

Já o marido é andreense e atuava como administrador de empresas em uma multinacional paulistana quando ambos decidiram largar tudo para se dedicar à paixão pela cerâmica em meio à natureza de Cunha. “Eu tinha muita dor de cabeça durante a semana, pegava trânsito de São Bernardo até a Berrini todo dia e ainda fui assaltado por três sujeitos armados no túnel Maria Maluf. Não dava mais. Aí, resolvemos trocar o dinheiro por qualidade de vida e já estamos há cinco anos e meio aqui”, conta Gambaré.

Hoje, o casal vende cerca de 50 peças por mês, que se destacam pela qualidade e acabamento refinado, com recortes, motivos geométricos, florais e pinturas que revelam forte influência mourisca e indo-europeia.
Como presidente da Associação dos Ceramistas de Cunha, Amália ajuda a organizar exposições coletivas em São Paulo; o Festival da Cerâmica de Cunha, que neste ano será realizado em setembro; e ainda promove eventos de duas horas na alta temporada (janeiro, junho, julho e feriados), para grupos de até 40 pessoas, com explicações sobre a arte e coquetel. “Também damos cursos intensivos de raku, com duração de dois dias e carga de oito horas, a R$ 500”, completa Gambaré.

JAPÃO

O casal Luciane Sakurada e Marcelo Tokai também reside há cerca de seis anos em Cunha, mas prefere trabalhar apenas com a cerâmica artística de alta temperatura, em forno a gás que chega a 1.280ºC, utilizando técnica aprendida em Mashiko (ao Norte de Tóquio), cidade onde viveu Hamada Shoji, ceramista que popularizou a arte em solo nipônico.

“Moramos 17 anos no Japão e aprendemos a fazer cerâmica durante 12 anos. Lá, você tem que saber preparar a argila, o esmalte, quebrar a própria peça e até construir o forno, porque é uma arte milenar e você não é considerado ceramista se não souber fazer tudo. O japonês tem um controle maior sobre o resultado e há uma filosofia por trás, como a tradição do chá”, conta Tokai, que embarca neste mês para a Austrália como representante da América do Sul em um evento internacional que reúne cerca de 20 especialistas na arte oriundos de diversas partes do mundo. “Esse evento acontece a cada dois anos em um país diferente.”

Além de produzir e vender suas obras, o casal também participa do programa Venha Pôr a Mão na Massa, do ICCC (Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha), que proporciona aos turistas a oportunidade de experimentar o prazer de ser ceramista por algumas horas.

As aulas práticas para moldar o barro e formar uma peça em argila são realizadas aos sábados (das 14h às 17h) e domingos (das 10h às 13h), ao custo de R$ 100. “Formamos adolescentes de 14 a 18 anos e eles ensinam o visitante a manipular a argila, com supervisão da Luciane. E também trabalhamos gratuitamente com crianças da rede pública de ensino”, diz Tokai.
Para ele, o dono do ateliê do Antigo Matadouro, Alberto Cidraes, é um “mestre dos mestres”. O primeiro forno noborigama de Cunha foi construído pelo Grupo do Matadouro em 1975 e desmontado em 1984. Mas Cidraes continua produzindo suas peças de alta temperatura em monoqueima, com temáticas que vão da cabeça humana a instrumentos de som, explorando um contexto de surrealismo antropológico que privilegia materiais locais e a baixa tecnologia no processo de produção.

JOIAS

Mas nem só de cerâmica vivem os artistas de Cunha. A designer de joias cunhense Ilza Ferraz 1prefere usar a técnica da forja fria (em que não se aquece o metal) para criar anéis, brincos e pulseiras com pedras brasileiras em destaque.

“Trabalhamos com a pressão e a dureza do metal (prata 950). As pedras têm que ficar bem em evidência para não perder a qualidade nem o brilho”, resume a artesã, que também aplica a técnica mokume-gane (misturando prata, cobre e shakudo) nas peças comercializadas em seu ateliê, o Lápis-lazúli. Os preços variam de R$ 100 a R$ 3.000.

SUVENIRES

A artesã andreense Márcia Alexandrino Lotto buscou inspiração na própria natureza de Cunha para criar suvenires que são a cara da cidade. Como matéria-prima: ele, o pinhão, principal ícone da gastronomia local e motivo de festa nesta época do ano (leia reportagem na página 4). E como motivo, a fauna e a flora da região.

Atualmente, o carro-chefe são os imãs de geladeira de pinhão pintados à mão ou decorados com massa de biscuit, que são vendidos a R$ 6 na Sociedade de Artes e Artesanato de Cunha (popularmente conhecida como Casa do Artesão).

Tudo começou em 1989, quando Márcia e o marido, Sérgio Tadeu Lotto, compraram uma casa no Sertão de Santa Bárbara (zona rural da cidade), atraídos pelo clima ameno e pela exuberância natural deste trecho da Serra do Mar. Encantados, resolveram recorrer à arte para expressar o amor que sentem pela natureza de Cunha e, de quebra, contribuir com a economia local. “Vi um pinhão caído no chão, à noite, e pensei que poderia aproveitá-lo transformando-o em um artesanato, mas ainda não sabia como.

Só no dia seguinte, quando acordei, tive a ideia”, conta Márcia, que começou produzindo chaveiros de pinhão meticulosamente pintados com símbolos de Cunha, como a Igreja Matriz, a Cachoeira do Pimenta, as araucárias e os animais da região.

Hoje, o casal comercializa cerca de 100 peças por mês. “Primeiro, é preciso preparar o pinhão, tirar a amêndoa de dentro e colocar o imã atrás para depois fazer a pintura ou colagem do biscuit”, explica Sérgio. “Para mim, é um relax, um prazer, porque amo a natureza e os bichos que a gente vê por ali, e tenho vontade de contribuir expressando o que sinto por Cunha”, completa Márcia.

FESTA DO PINHÃO

Shows de música, exposições, visitas a sítios de araucárias e muitas atrações gastronômicas aguardam o turista que visitar Cunha a partir de amanhã até o dia 11, quando será realizada a 14ª edição da Festa do Pinhão. Durante os quatro fins de semana, restaurantes e pousadas servirão receitas à base da semente. Entre as delícias, destaque para a torta de doce de amêndoas com pinhão, a truta com pinhão e o medalhão com pinhão e arroz negro.

Uma praça de alimentação será montada no centro da cidade para que moradores e visitantes possam saborear as especialidades típicas harmonizadas com vinhos ou com as cervejas artesanais produzidas em Cunha pela Wolkenburg.

A ideia é manter o fluxo turístico mesmo em períodos de baixa temporada. Para tanto, o secretário de Turismo e Cultura da cidade, Marivaldo Luiz Almeida Rodrigues, organizou uma série de eventos que se estenderão até o fim do ano. “Em 2013, tivemos aquecimento do comércio e aumento de 60% na ocupação hoteleira devido ao festival de inverno. E no período do festival de jazz, em janeiro, esse crescimento no fluxo turístico foi ainda maior”, comemora o secretário.

Os pontos altos do calendário incluem o Festival da Truta em maio; a Festa na Praça em junho; o Festival de Inverno em julho; a Festa do Cordeiro em agosto; rodeio em setembro; uma espécie de oktoberfest oferecida pela cervejaria Wolkenburg em outubro e, no mesmo período, o tradicional Festival da Cerâmica.

Para encerrar as festividades, o município sediará em novembro o Fuscunha, que exalta a importância do Fusca na cultura regional com apresentações de congadas, folias de reis e shows musicais tendo o velho automóvel como pretexto. Se os fusquinhas dos habitantes falassem, eles certamente agradeceriam tamanha nostalgia.

NATUREZA

Se você pensou em aproveitar a estadia em Cunha para visitar a vizinha Paraty, no Rio de Janeiro, esqueça. Desde 2009, a estrada que liga as duas cidades ficou comprometida por causa de um desmoronamento, especialmente nos 9,4 quilômetros do trecho de serra. Basta uma chuvinha para este pedaço do percurso, pertencente ao território fluminense, ficar impraticável – e perigoso – a veículos desprovidos de tração nas quatro rodas. Mas a previsão é de que as obras, sob responsabilidade do governo do Estado do Rio, sejam concluídas em um futuro não muito distante.

De acordo com o secretário de Turismo e Cultura de Cunha, Marivaldo Luiz Almeida Rodrigues, um dos motivos da demora seria a preservação das diversas espécies de plantas e animais que habitam o entorno da Estrada-Parque Paraty-Cunha (RJ-165). Como a rodovia atravessa o Parque Nacional da Serra da Bocaina, as obras implementadas pela administração fluminense devem respeitar integralmente o Plano de Manejo da reserva para garantir sua manutenção, promover a segurança dos usuários e integrar a região turística da Costa Verde, no Rio, à parte paulista do Vale do Paraíba.

Não à toa, Cunha possui uma lista de atrações ecoturísticas tão extensa quanto a sua relação de ateliês. Para quem gosta de passeios em meio à natureza, uma boa pedida é o Núcleo Cunha-Indaiá do Parque Estadual da Serra do Mar. A variedade de espécies da Mata Atlântica pode ser conferida em caminhadas por três trilhas. A do Rio Paraibuna, com três cachoeiras e poços para banho, é a única que não exige acompanhamento de guia. Tem apenas 1.700 metros que são facilmente cumpridos em uma hora (ida e volta). Já a do Rio Bonito tem 7,7 quilômetros de percurso, com saídas aos sábados, às 9h. E a das Cachoeiras possui 14,4 quilômetros, mas metade do trajeto pode ser feita de carro. Neste caso, os passeios são realizados aos domingos, às 9h, têm duração de três horas e meia e devem ser agendados previamente. O acesso ao parque é feito pelo Km 56,2 da SP-171 para Paraty.

Outra opção para quem não têm medo de altura é o Pico da Macela, que fica a 1.840 metros de altitude. Para chegar lá, o turista tem de encarar os percalços da estrada Cunha-Paraty até o Km 66, sair à esquerda e percorrer mais cinco quilômetros até a porteira que dá acesso à trilha rumo ao pico. A partir daí, são dois quilômetros de subida íngreme, a pé, em estrada asfaltada. Mas o visual que se tem lá de cima, com vista de Paraty, da baía de Ilha Grande e de parte de Angra dos Reis, além da região que circunda Cunha, compensa o esforço.

Os mais aficionados por aventura podem, ainda, procurar agências especializadas em trekking pelos antigos caminhos de pedra usados no século 18 para escoar o ouro extraído em Minas Gerais até o litoral de Paraty sem pagar imposto. As opções duram de cinco horas a quatro dias, conforme o percurso.

E os que preferem atividades menos exaustivas podem visitar a Cachoeira do Desterro ou a do Pimenta. A primeira exige apenas 300 metros de caminhada, com acesso pela estrada do Monjolo, e possui uma piscina natural própria apenas a quem tem boa experiência de nado.

A mesma via leva à Cachoeira do Pimenta, que possui uma modesta infraestrutura de lazer para famílias, com deque, banheiro e lanchonete aos fins de semana e feriados. No local também funciona o Museu de Energia da antiga usina hidrelétrica, que abastecia toda a cidade. E por falar em água, os moradores de Cunha usufruem deste bem gratuitamente – atributo difícil de se acreditar que haja no Estado de São Paulo em tempos de conta alta e escassez nos reservatórios da Cantareira.

O Parque Estadual da Serra do Mar funciona todos os dias, das 8h às 17h, e não aceita animais de estimação nem possui infraestrutura de alimentação. Por isso, é importante levar lanche, água, boné, protetor solar, agasalho e roupas confortáveis para trekking. Tel.: (0xx12) 3111-1818, de segunda a sexta-feira. E-mail: pesm.cunha@fflorestal.sp.gov.br.


COMO CHEGAR

De carro – Cunha fica a 241 quilômetros de São Paulo. Para chegar à cidade, o motorista deve pegar a rodovia Ayrton Senna e, após percorrer cerca de 50 quilômetros, entrar na Carvalho Pinto e dirigir por mais 70 quilômetros até acessar a Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro. A partir daí, são mais 80 quilômetros até a Rodovia Paulo Virgílio e 48 quilômetros até Cunha. A viagem dura, aproximadamente, três horas e meia. Outra opção é seguir sempre pela Via Dutra, cerca de 170 quilômetros, até chegar à primeira saída na rodovia Paulo Virgínio.

De ônibus – A Viação Cometa (www.viacaocometa.com.br) realiza viagens diárias entre São Paulo e Guaratinguetá, em vários horários, desde as 6h até as 19h10. Os bilhetes custam R$ 39,85 para ida e R$ 37,60 para retorno ao Terminal Rodoviário do Tietê. A Pássaro Marrom (www.passaromarron.com.br) também opera o trecho. Já a Viação São José (0xx12 3111-1425) realiza o percurso de Guaratinguetá até Cunha.

ONDE FICAR

Pousada Cheiro da Terra – Possui 15 chalés divididos em três categorias (master, com varanda e com hidromassagem). Os preços das diárias para casal variam de R$ 230 a R$ 330 e incluem café da manhã. Além da infraestrutura de lazer, com piscina, os hóspedes podem testar seus dotes artísticos na oficina de cerâmica com forno a lenha de alta temperatura e provar as especialidades do cardápio, que incluem desde receitas simples, como estrogonofe de alcatra com arroz e batata palha (R$ 25) até rondelli de ricota com espinafre aos quatro queijos (R$ 25), salada orgânica (R$ 22) e a famosa truta ao molho de alcaparras, amêndoas ou cogumelos acompanhada de arroz e legumes na manteiga (R$ 39) – delícias dos deuses, ou melhor, da Deusa, proprietária que cuida com esmero das panelas. Endereço: Alameda Francisco da Cunha Menezes, 1.245. Tel.: (0xx12) 3111-2822. Site: www.pousadacheirodaterra.com.br. E-mail: contato@pousadacheirodaterra.com.br.

Pousada e Restaurante Dona Felicidade – O casal Maria de Lourdes Lopes dos Reis e Almiro da Silva Pontes Neto tem o espaço há dez anos e faz hóspedes e visitantes se sentirem em casa com seus quartos aconchegantes e pratos à base de frutas e verduras da horta. A propriedade possui cinco chalés, bem distantes uns dos outros, para duas a seis pessoas. A diária para casal sai a partir de R$ 230, com café da manhã. O restaurante atende à la carte de segunda a sexta-feira e em esquema self service aos sábados, domingos e feriados. Neste caso, o preço de R$ 45 por pessoa garante uma farta refeição preparada em fogão a lenha, com direito a rabada, torresmo, coelho, leitão à pururuca, carne-seca na moranga, galinha caipira e outras delícias típicas da culinária mineira. Não deixe de experimentar a farofa de soja crocante criada pelo chef Almiro, entre outras opções vegetarianas. De vez em quando, os proprietários promovem festas juninas, luaus e cavalgadas ao luar com dupla de viola caipira para animar os visitantes. Endereço: Estrada da Catióca, Km 1. Tel.: (0xx12) 3111-1878. Site: www.pousadadonafelicidade.com.br.

ONDE COMER

Espaço Drão Restaurante & Ateliê – É uma das gratas surpresas de Cunha. Em um ambiente intimista e muito bem decorado, o estabelecimento do holandês Gerwin de Koning e de seu sócio Fernando Florence oferece pratos sofisticados a preços honestos e com vários ingredientes cultivados em sítio próprio, sem uso de agrotóxicos. Para a entrada, peça o Bitterball com mostarda escura, espécie de croquete de carne à moda holandesa (a porção com oito unidades custa R$ 14,50). Como prato principal, duas excelente pedidas são a truta ao molho de shiitake (R$ 37,50) e o filé-mignon ao molho de gorgonzola (R$ 34,50). E na hora da sobremesa, vale experimentar a appeltaart (torta quente de maçã holandesa). Enquanto espera as delícias, o cliente pode visitar o ateliê em anexo, com telas, lustres e finas bijuterias confeccionadas por Koning. Abre de quinta-feira a domingo e em feriados. Endereço: Alameda Lavapés, 560, Vila Rica. Tel.: (0xx12) 3111-1326. Site: draocunha.com.br.

Fazenda Aracatu – Misto de empório, café e antiquário, a loja situada na entrada da fazenda tem como carro-chefe o sorvete natural, feito com leite de vaca Jersey, que possui 20% mais proteína, 15% mais cálcio e quantidades extras de vitaminas A e B12. A bola (100 g) custa R$ 5 e as opções vão desde doce de leite e frutas da estação até sabores mais peculiares, como iogurte com damasco, rapadura com gengibre, figo, stracciatella e papaia com cachaça. Outra atração à parte são os queijos, todos saborosos e a preços convidativos. A peça de um quilo do meia cura, por exemplo, sai a R$ 26. E a propriedade ainda produz pinhão, shiitake, verduras orgânicas, ovos, salames, pães, bolo de pinhão e vende cortes congelados de cordeiro. Tanto a geleia de pêssego quanto a bandeja de shiitake custam R$ 8 (ou R$ 40 o quilo). Abre das 9h às 17h de segunda a sexta-feira e das 9h às 18h aos fins de semana. Endereço: Estrada Cunha-Paraty, Km 56. Tel.: (0xx12) 9604-4796. E-mail: fazendaaracatu@hotmail.com.

ARTESANATO

Gaia Arte Cerâmica – Abre todos os dias, das 10h às 18h (exceto às quartas-feiras). Endereço: Rua Alcides Barbeta, 250, Vila Rica. Tel.: (0xx12) 3111-3126. E-mail: gaiaceramica@ig.com.br.

Atelier Gallery Tokai – Abre todos os dias, das 10h às 18h. Endereço: Rua Gerônimo Mariano Leite, 350. Tel.: (0xx12) 3111-1831. E-mail: ateliertokai@gmail.com.

Ateliê do Antigo Matadouro – Funciona todos os dias, das 10h às 18h. Endereço: Rua Manoel Prudente de Toledo, 461, Cajuru. Tel.: (0xx12) 3111-1628. Site: www.cidraes.com.

Lápis-lazúli Ateliê de Joias – Rua Gerônimo Mariano Leite, 462. E-mail: atelielapislazuli@gmail.com.

Oficina de Cerâmica do ICCC (Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha) – Parque Lavapés. Tel.: (0xx12) 3111-2634. E-mail: contato@cunhatur.com.br.

Sociedade de Artes e Artesanato de Cunha – Presidida por Rosa Maria dos Santos e popularmente conhecida como Casa do Artesão, possui 90 sócios e vende todo tipo de suvenir, desde panos de prato, biscoitos, mel e chocolates até imãs de geladeira feitos com pinhão, colchas de fuxico e peças de cerâmica. Existe há 26 anos e funciona todos os dias, das 9h30 às 17h30. Endereço: Rua José Arantes Filho, em Vila Rica. Tel.: (0xx12) 3111-1930.

INFORMAÇÕES

Site oficial da cidadewww.cunha.sp.gov.br.

Secretaria de Turismo e Cultura de Cunha – Tel.: (0xx12) 3111-2630. E-mail: turismoecultura@cunha.sp.gov.br.

Posto de Informações Turísticas de Cunha – Tel.: (0xx12) 3111-3002.

Cunhatur (Associação dos Empresários de Cunha) – (0xx12) 3111-2634. Site: www.cunhatur.com.br.
 




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