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Intransitáveis, ruas do Oratório aguardam inclusão no PAC

Em Mauá, vias cheias de lama e buracos isolam moradores; bairro receberá R$ 66 mi

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
23/04/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Difícil transitar a pé, impossível de carro. É com esse sofrimento diário, há décadas, que vivem os moradores do Jardim Oratório, em Mauá, em ruas que são completamente intransitáveis. Barro, buracos, lixo e entulho, além de esgoto, estão por toda parte.

O bairro passa por obras de urbanização, iniciadas em 2011 e com investimento de aproximadamente R$ 66 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Porém, algumas vias ainda não estão na lista dos locais que receberão melhorias.

A Rua José Carlos da Silva é uma delas. Segundo a Prefeitura, está sendo elaborado projeto para incluí-la no contrato de obras em andamento, chamada de terceira etapa do PAC, prevista para ser concluída no fim de 2015.

Os moradores relatam a dificuldade de acesso a serviços emergenciais. “Como a ambulância não consegue fazer a travessia, houve ocasião em que foi preciso quatro pessoas descerem a rua com maca para levar um rapaz de 120 quilos até o veículo. Essa é a rua dos esquecidos”, reclamou Antonio Pinto de Almeida, 60 anos, morador da via há cerca de 30 anos.

“As mulheres grávidas têm de parir o bebê no meio da lama, porque a ambulância não passa. Outro problema são os acidentes. Com tanto buraco, o pessoal cai direto. A gente até tenta colocar cascalho para amenizar o problema, mas quando chove a água leva tudo embora”, contou Maria das Graças da Silva Santos, 54.

A situação caótica da via requer esforço redobrado do carteiro Ailton Costa, 55. “É muito difícil percorrer essa região. São muitos buracos, tem que tomar muito cuidado para não cair.”

Situação semelhante pode ser verificada nas travessas próximas à rua, como a Barreirinha, São João da Barra e Ipu. Estas, de acordo com o Executivo mauaense, não foram incluídas na terceira etapa devido à limitação de recurso do PAC. Em razão disso, a Prefeitura solicitou, no ano passado, aumento de recursos do governo federal para a urbanização do Jardim Oratório. O Ministério das Cidades concordou em transferir para o programa Minha Casa, Minha Vida a construção de 500 unidades habitacionais, que antes contariam com verba do PAC. Com essa migração, a quantia será transferida para a conclusão das obras de urbanização.

A administração municipal informou que, para a utilização desse recurso, foi criada a quarta etapa de obras, cujo projeto está em fase final de elaboração e contemplará as travessas e outras vias. A conclusão é estimada para meados de 2016. 




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