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Greve traz reflexão sobre resíduos sólidos

A greve de coletores de lixo do Grande ABC, em que pesem os transtornos trazidos à população...

Do Diário do Grande ABC
21/04/2014 | 10:40
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A greve de coletores de lixo do Grande ABC, em que pesem os transtornos trazidos à população, é bom momento para refletirmos sobre a dificuldade cada vez maior de se encontrar espaços para a destinação final de resíduos sólidos e a necessidade urgente de se repensar o modo de consumo da sociedade. Analisando só Santo André, temos o seguinte cenário: a cidade gera cerca de 750 toneladas de lixo orgânico por dia. O Centro recebe a coleta diariamente. Nos demais bairros, a cada três dias o lixo úmido é recolhido, e o seco, uma vez por semana. Mas, depois que o lixo ‘desaparece’ da rua, quantas pessoas se preocupam para onde está indo a montanha de resíduos?

Em março, Santo André reabriu seu aterro sanitário e voltou a receber em seu território todo lixo gerado na cidade. É, sem dúvida, grande conquista para o município, pois representa economia de recursos. Mas é solução de curto prazo, pois o aterro terá vida útil de no máximo nove anos, se mantivermos os padrões de consumo atual da cidade, e não existe na região locais para novos aterros.

Para se ter ideia do espaço que este lixo ocupa, a área do aterro municipal, onde não é mais possível depositar detritos, ocupa 217 mil m², o equivalente a três parques Celso Daniel. Nos próximos nove anos, o lixo só poderá ser depositado lá em área de 40 mil m². Depois, qual será o destino do lixo orgânico?

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, afirma que todos os integrantes da cadeia produtiva de bens de consumo têm responsabilidade sobre o lixo, ou seja, fabricantes, gestores públicos e consumidores. Devemos ratear o pagamento deste serviço e praticar os ‘Rs’: reduzir, reutilizar e reciclar.

Como gestor público, o Semasa se empenha em buscar alternativas. Há, por exemplo, estudos para unidades de recuperação energética em São Bernardo e em Mauá. Esta última utilizaria o lixo também de Santo André. Ainda neste ano, o Semasa vai ampliar a coleta seletiva, implantada na cidade em 1997. Em Santo André, a separação do lixo por úmido e seco simplifica a adesão à reciclagem, que hoje representa 8% dos resíduos gerados. Mas ainda é pouco. Estudo recente aponta que há 25% de material seco misturado ao úmido, que poderá ser reciclado se for separado pela população.

Cabe a cada um reavaliar sua forma de consumo, reduzir a geração de lixo e valorizar processos produtivos que tenham cada vez menos descartes, uma vez que o aumento da reciclagem adia o esgotamento do aterro. Mas o problema da geração e destinação do lixo continuará na pauta do dia.

Sebastião Ney Vaz Jr. é superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

Palavra do leitor

 

PPS, PSDB e DEM

Mais uma força-tarefa enfadonha, gozadora e relaxada, ao estilo Marta Suplicy na sua melhor fala. Em mais um grande teatro do deboche, cuja bilheteria é sempre patrocinada por nós, PPS, PSDB e DEM, desta feita, protagonizaram outra ‘representação’ de manjado show. Com biografias análogas e quase todos da casa dos horrores (o Congresso Nacional), se revezam nas indignações, em roubalheiras divulgadas, mas nunca e jamais descobertas por algum deles. Infelizmente, essas três siglas abrigam também condenados, processados, que convivem com decanos, também procurados, até pela polícia internacional, postergadores até de cumprimentos de prisão etc. Pobre Brasil!

Paulo Rogério Bolas

Santo André

Invasões

Há pessoas que compram imóveis, com financiamento a longo prazo e às duras penas. E, ao contrário, há pessoas que acham que têm o direito de invadir imóvel. E a maioria dessas invasões é ilegal, trazendo prejuízos à preservação da natureza e dos mananciais e aos bens particulares ou do Estado. Já virou moda! As pessoas invadem, aí vem a reintegração de posse e tudo acaba em conflito, com Batalhão de Choque, cavalaria, bombas, queima de bens etc. É bagunça total! Tudo isso pode ser evitado se os municípios tiverem controle sobre seus fiscais, pois é trabalho deles manter o direito à propriedade, e cada área tem seu responsável. Não sei se é incompetência ou se há as ‘mãos de políticos’ para arrumar eleitores. É preciso fiscalizar diariamente cada área. A prevenção é importante porque depois que a ‘boiada escapa’ não adianta fechar a porteira, tem que correr atrás do prejuízo. Acordem, fiscais! Acordem, prefeituras!

Ivanir de Lima

São Bernardo

Ponte incompleta

Aós muitos anos, no dia 5 reinaugurou a ponte que liga o bairro Bom Pastor, em Santo André, à Av. Senador Vergueiro, em São Bernardo, passando pela Av. Lauro Gomes. Tudo de bom, feita de ferro, que garante a segurança e a durabilidade. Mas fizeram ponte incompleta. Ela só foi construída sobre o Ribeirão Taioca, ou seja, as pessoas têm de atravessar toda a Avenida Lauro Gomes pela pista. Não seria mais seguro passarela que ligasse os dois lados? Como a obra envolve duas prefeituras, talvez aí esteja o problema do planejamento e gasto. Quem seria responsável? E ou outros problemas administrativos? Lembramos que ambas são administradas pelo PT. A acessibilidade, que é direito do cidadão, principalmente para cadeirante, é praticamente nula. Existem placas de sinalização para diminuição de velocidade, de 60 km/h para 30 km/h. Essa velocidade não é respeitada. Então, aproveitem a oportunidade para arrecadar mais, coloquem semáforo inteligente e os famosos radares. Mas ajudem a população, dando pelo menos um pouco mais de segurança, antes que aconteça uma tragédia.

Sergio Sanches

Santo André

PEC das Domésticas

Engana-se quem pensa que a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Domésticas impõe apenas o pagamento de alguns direitos, dentre os quais horas extras e FGTS. A capciosa legislação trabalhista brasileira traz em seu bojo instrumentos capazes de arruinar a vida financeira de muitas famílias, assim como já fez com empresários. Se não bastasse, o acolhimento dessa irresponsabilidade só beneficia os sindicatos, compostos de pelegos, apaniguados de políticos corruptos, disfarçados de ‘homens públicos’, que vão faturar mais, em detrimento das pobres mulheres, com o imposto, e a custosa Justiça do trabalho, totalmente mantida pela sociedade e que não existe em países de primeiro mundo.

Francisco Emídio Carneiro

São Bernardo

Nair Lacerda

Contradizendo ao poeta, cantor e compositor Cazuza, quando em um de seus versos nos deixou ‘meus heróis morreram de overdose’, nossa escritora e jornalista Nair Lacerda morreu de fome, a fome de ver a Nação respeitada em uma de suas mais agredidas Pastas, a da Cultura. Parabenizo o secretário de Cultura e toda sua equipe de apoio, bem como funcionários lotados na secretaria, pela amostra daquilo que representou e representa Nair Lacerda, exposta na Biblioteca que leva seu nome. Mostra que nos revela o óbvio latente, que é preciso levar a um povo faminto de formação e informação o que o mesmo carece, que é a Cultura plural.

Cecél Garcia

Santo André

Tormento!

Suponhamos que a presidente seja essa candura de inocência que Graça Foster tentou nos vender. Suponhamos que não existe nada obscuro nos milhões que fizeram a alegria do bom negócio para o empresário belga. Suponhamos que o ‘ato falho e incompleto’ tenha partido do ‘brilhante’ ex-diretor Cerveró. Por que o empenho na blindagem de Dilma se ela não tem nada a esconder? Por que será que o ex-diretor, em vez de ser demitido após a descoberta do ‘ato falho’, ganhou nada mais nada menos do que a BR Distribuidora? Seria por bons serviços prestados à causa?

Aparecida Dileide Gaziolla

São Caetano




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