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Paróquias se preparam para encenar Paixão de Cristo

Espetáculos, que contam os últimos instantes da vida de Cristo, são atração da Sexta-Feira Santa

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/04/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/29.03.2013/DGABC


As comunidades católicas do Grande ABC acertam os últimos detalhes para a tradicional encenação da Paixão de Cristo, evento que marca os momentos finais da vida de Jesus, até a sua crucificação. Pelo menos duas paróquias da região apresentarão espetáculo ao público na noite da Sexta-feira Santa: Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, em Santo André, e São José, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo, às 20h e 19h, respectivamente.

Na igreja andreense esta é a 14ª edição do evento. A cada ano, os últimos instantes da vida de Cristo são abordados sobre diferentes aspectos. Dessa vez, a encenação levará em conta a vida de Lázaro, personagem bíblico que foi ressuscitado por Jesus. “Biblicamente, Lázaro não viu a morte de Jesus, então tomamos todo o cuidado para que a história tenha sentido”, explica o coordenador geral da encenação, Irivaldo Tadeu Cristofali, mais conhecido como Vado.

Um dos diferenciais neste ano será apresentação de vídeo pré-filmado que mostra imagens que representam a infância de Lázaro ao lado de Jesus. “Será como se o personagem estivesse tendo uma lembrança”, observa Vado. A superprodução, que conta com elenco de 115 pessoas, começou a ser preparada em novembro. Já os ensaios tiveram início em janeiro e foram finalizados no domingo.

A expectativa é que a encenação mantenha o bom público presente no estacionamento da paróquia. “Por conta do feriado prolongado, podemos ter público menor, mas estamos otimistas de que vamos manter nossa média de 5.000 presentes”, comenta. No ano passado, 3.000 compareceram.

SÃO JOSÉ

Pelo segundo ano consecutivo, a adaptação da Paixão de Cristo da Paróquia São José, localizada no Baeta Neves, em São Bernardo, será comandada pelo diretor Mauricio Ludewig. A proposta, segundo o também ator e personagem principal da encenação, é provocar na plateia espécie de catarse questionando sua participação na sociedade.

A peça teatral terá como base o teatro do absurdo, movimento moderno que traz visão pessimista da luta humana para encontrar um propósito de vida. “Teremos um emaranhado na trama com abordagem da Campanha da Fraternidade deste ano, que fala sobre o tráfico humano”, comenta Ludewig.

Uma das novidades será o uso do gromelot, linguagem inventada no teatro que se aproxima de diferentes idiomas. Neste caso, os personagens se comunicarão em hebraico e aramaico. “Não terá nenhum diálogo em Português porque as cenas falam por si só”, observa o diretor.

O espetáculo contará com a participação de 17 personagens e 77 figurantes. São esperadas cerca de 300 pessoas.




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