Turismo Titulo Mônaco
Monte Carlo: uma aposta no luxo

Principado foi desenvolvido para tornar-se o lugar perfeito para ricos e famosos viverem

Andréa Ciaffone
10/04/2014 | 11:20
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Divulgação


O sol brincando no azul perfeito do Mediterrâneo, as curvas da estrada e os paredões de pedra provocam a sensação de se estar em um filme de James Bond e tornam o caminho para chegar ao Principado de Mônaco uma atração em si. Espremido entre a Côte D’Azur, no Sul da França e o começo da Riviera Italiana, o Estado é um dos lugares mais encantados do planeta, onde príncipes se casam com estrelas de Hollywood, vivem felizes para sempre e onde mortais extraordinários como estrelas mundiais da música e pilotos de Fórmula 1 são encontrados nas padarias da esquina.

Literalmente topar com celebridades é um fato cotidiano porque Mônaco é o Estado independente mais densamente povoado do planeta. E isso ocorre simplesmente porque o espaço é pequeno: são apenas 202 hectares de extensão (2,02 km²). Só o Vaticano, com apenas 44 hectares, é menor. Mas, o que falta em extensão sobra em estabilidade política: desde a sua fundação, em 1297, o principado é regido pela Casa de Grimaldi.

Atualmente quem ocupa o trono é o príncipe Albert II, filho de Rainier Grimaldi com a norte-americana Grace Kelly, estrela de Hollywood. Vale notar que o casamento com a atriz não chegou a ser considerado um problema porque a própria avó de Rainier era uma dançarina de cabaré e sua mãe só foi reconhecida como filha para que a linhagem não se quebrasse e Mônaco fosse incorporado à França.

Na verdade, nem os Grimaldi nem ninguém que tivesse residência em Mônaco gostariam desta mudança. Não é apenas por apego à tradição, mas principalmente por questões fiscais. Lá é um paraíso fiscal, o que atrai ricos, que preferem não entregar grandes percentuais do seu dinheiro ao fisco em seus países de origem. Hoje, do total de habitantes do principado, apenas 21% nasceram lá. Os franceses somam 28% da população e os italianos, 18%.

Entre os brasileiros que adotaram Mônaco como residência está o locutor esportivo da Rede Globo Galvão Bueno. Ayrton Senna também adotou os domínios dos Grimaldi e acabou se tornando rei do circuito de rua, que foi o primeiro da Fórmula 1. Venceu os grand prix de 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993 e virou um dos grandes heróis nacionais de Mônaco.

As doses de glamour são tão altas que, quando se chega a Monte Carlo, que é o distrito onde se concentram os hotéis fabulosos, o cassino e a ópera, é impossível não se sentir um privilegiado por presenciar isso.

Mas, vale lembrar que tudo o que se vê ali surgiu a partir de meados do século 19 e que pode ser simbolizado pelo Hotel de Paris, que neste ano comemora os 150 anos com toda a pompa e circunstância para mostrar a força que a combinação do desejo de prosperar com bom gosto e investimento pode ter.

Viver bem para sobreviver melhor

Em meados do século 19, os Grimaldi já somavam mais de 600 anos de domínio daquele pedaço de chão entre a França e a Itália. Mas, o príncipe Florestan Grimaldi e sua mulher Caroline, estavam preocupados com o futuro do seu país. A localização era estratégica, de frente para o mar, porém isolado. Por isso, as perspectivas econômicas não se mostravam tão brilhantes quanto o sol, presente por lá 300 dias por ano. A situação estava preocupante e Florestan se viu diante da obrigação de descobrir uma vocação e escolher um destino para o país.

Não estava fácil. Não havia espaço para agricultura em grande escala, fábricas não eram viáveis ali, o acesso difícil complicava a vida dos comerciantes e subsistir com o resultado da pesca era quase que uma sentença de morte por inanição.

Uma solução criativa se fazia necessária. Várias ideias surgiram: cultivo de violetas, estabelecimento de entrepostos comerciais, locação para os czares da Rússia estabelecerem sua frota no Mediterrâneo. As alternativas eram viáveis, mas nenhuma gerou convicção no coração do monarca. Até que, inspirado pelo sucesso de Nice como balneário e sob a orientação de um advogado, Maître Eynaud, o príncipe decidiu investir no turismo como solução para seus problemas. Sua estratégia foi conceder um privilège exclusif para dois jornalistas de Paris explorarem um hotel e jogos de cassino sob o nome Bains de Monaco. A concessão foi o primeiro ato oficial do seu filho, o jovem príncipe Chales III, assinada em 10 de novembro de 1856. O contrato especificava que os concessionários deveriam desenvolver um estabelecimento “análogo ao de Aix-les-Bains, que teria jardins, parques, pavilhões, áreas de passeio, a fim de oferecer aos estrangeiros um lazer confortável e suntuoso”, mas ainda haveria muitas emoções a caminho. 

PRINCIPADO ONDE A SORTE BRILHA SEMPRE

Quem observa a bela fachada criada por Garnier para o Cassino de Monte Carlo, do conforto do terraço do Hôtel de Paris fica tão embasbacado pela cena que nem se preocupa em imaginar como tudo aquilo apareceu ali. Ao contrário do que a maioria imagina, nada por lá aconteceu por acaso. Tudo fazia parte de um plano da família real monegasca, os Grimaldi, para garantir o futuro econômico do principado, que naquele ponto tinha como soberano o jovem Príncipe Chales III. 

Os primeiros concessionários, Langlois e Aubert, compraram por uma pechincha 100 mil metros quadrados de terreno sobre o platô de Spéluges, diante do rochedo de Mônaco, e correram para criar condições para atender os turistas e oferecer jogos e entretenimento. Faliram espetacularmente com o que havia disponível: acomodar os visitantes durante o dia na Maison Bellevue, o único imóvel disponível por ali, e à noite, para jogar, os visitantes deveriam ir ao Place du Palais, o único hotel de Mônaco. Com esta estrutura, foram abertos os trabalhos em 15 de abril de 1857 com uma equipe de 35 funcionários, entre músicos, crupiês e arrumadeiras.

Todos ficaram sem atender ninguém por meses. Em 20 de novembro apareceu um audacioso jogador que perdeu dois francos e se foi. No fim de novembro, os empregados foram embora e, em 26 de dezembro, a sociedade se desfez. Mas o príncipe não se deu por vencido. 

A concessão foi vendida para outro investidor em 1958, o proprietário de terras M. Daval, que construiu o primeiro cassino, que foi aberto cinco anos depois. Mas, Charles III sentia que era preciso “algo mais”, alguém que combinasse capacidade de gestão, visão e experiência. Depois de muito pesquisar, o príncipe chegou a François Blanc, que levou ao sucesso um cassino em Hamburgo, Alemanha.

Depois de longas negociações com Blanc, Mônaco receberia o toque de Midas que tanto buscava. Assim, em 2 de abril de 1863, foi criada a Societé des Bains de Mer de Monaco et de Cercle des Étrangers, que até hoje tem o governo do principado como principal acionista. Sob a batuta de Blanc, que também tinha participação acionária, a atual face de Mônaco começou a se delinear, jardins foram criados, palmeiras foram importadas e avenidas foram traçadas em meio a campos de oliveiras.

Para acolher os estrangeiros, Blanc queria luxo como o visto no Hôtel du Louvre e do Grand Hôtel de Paris, ambientes tão impressionantes que provocariam comentário e o desejo de ir visitá-los. Assim, com mais de 200 operários engajados na obra, o Hôtel de Paris emergiu em tempo recorde e foi inaugurado em janeiro de 1864. Ao completar 150 anos neste ano, o hotel continua deslumbrante.

O empenho da equipe de Blanc foi tanto que, em apenas três anos, um cidade surgiu no platô de Spelunges e foi preciso dar-lhe um nome. Sugeriram ao príncipe Élyseé Alberti ou Charleville, mas Charles III preferiu chamar o distrito de Monte Carlo.

JOGOS, ARTE, MÚSICA E ESPORTES ERAM APOSTAS DO BALNEÁRIO

Sol, mar, boa comida, bebidas fantásticas, gente bonita e entretenimento de qualidade. Essa é a receita de sucesso para qualquer balneário. Se ela não foi inventada em Mônaco, certamente lá foi levada à perfeição. François Blanc, administrador de Monte Carlo desde 1863, sabia que seu maior desafio era atrair as pessoas mais interessantes, ricas e bonitas da sua época e oferecer para elas uma programação de eventos tão inovadores que ninguém pensaria em ir passar as férias em outro lugar.

O índice de exigência de François e sua mulher Marie, era alto. Prova disso foi que em junho de 1878, eles simplesmente demoliram o cassino que tinha apenas 15 anos de inaugurado para construir outro, projetado pelo arquiteto estrela da época, Charles Garnier, que desenhou a Ópera de Paris.

Mas, para não perder a alta estação, Marie Blanc pressionou Garnier a entregar a obra em seis meses. Resultado, ela teve dele o que séculos antes o papa não havia conseguido de Michelangelo: uma obra-prima dentro do prazo. O sucesso do cassino foi tal que poucos anos depois, Garnier teve de projetar uma extensão.

Para garantir o melhor do teatro e da música, foi criada a sala de concertos, inaugurada pela atriz mais aclamada de então: Sarah Bernhardt. Para que todos os gostos fossem atendidos, os Blanc resolveram apoiar o tênis, um esporte inglês que ainda era novidade, e criaram campeonatos da modalidade a partir de 1880.

GASTRONOMIA COM SABOR CINCO ESTRELAS

Toalhas de linho impecavelmente brancas, cristais, talheres de prata e porcelanas finas se aliam para formar a tala sobre a qual os grandes chefs de cozinha apresentam suas obras de arte. A partir deste conceito de respeito à gastronomia é que os restaurantes de Monte Carlo se estruturam há 150 anos. Os estilos podem variar, mas a certeza é que as refeições serão sempre inesquecíveis.

O The Grill, do Hôtel de Paris, é programa imperdível. Além de menus que mudam conforme a estação e de um ambiente confortavelmente elegante, o restaurante tem uma carta na manga: lá pelas tantas, o teto se abre para o azul do céu. A sensação é mágica e faz a gente se distrair das estrelas que estão no prato ou nas taças.

E o melhor de tudo é que na hora do almoço, o The Grill oferece um menu com preço fixo a 70 euros (R$ 229), o que torna a experiência possível até para quem não está na lista dos bilionários da <CF51>Forbes</CF>.

No mesmo hotel, o restaurante Louis XV, de Alain Ducasse, mostra suas três estrelas no Guia Michelin na porta e em tudo o mais no seu interior que, aliás, só é acessível para homens vestindo paletó. A gravata é rocomendada, mas não é um requisito. Um blazer, sim. Faz sentido porque o ambiente inspira pompa e circunstância. Inspirado no luxo de Versailles na época do monarca francês só é ofuscado pelas delícias que chegam nos pratos criadas por Ducasse, considerado uma das grandes lendas vivas da gastronomia mundial. O restaurante é generoso ao oferecer três opções de cardápios a preço fixo.

A mais em conta é o menu sasonal de almoço, composto por entrada, prato principal, queijos e sobremesa acompanhados de bebidas que custa 145 euros (cerca de R$ 475) mais 15% de taxa de serviço. Há o menu de jantar, com quatro pratos, queijo e sobremesa por 230 euros (R$ 752) e o menu para gourmets por 310 euros (R$ 1.013). Além destas, há as opções à la carte com preços salgados para pratos perfeitamente realizados. À noite não há bebidas incluídas e a taxa de serviço permanece 15%.

Outro restaurante no principado que vem chamando a atenção é o Elsa, localizado no hotel Monte-Carlo Beach, que recebeu a certificação BIO (orgânica) pelo Ecocert, o líder francês em certificação de conservação orgânica. Esta é a primeira vez que um restaurante gastronômico na região recebe este endosso. Lá 100% dos ingredientes e do vinho são produzidos sem o uso de produtos químicos. Até os peixes utilizados são certificados. A equipe do chef executivo Paolo Sari se empenhou no processo para poder oferecer um diferencial cada vez mais apreciado por sua distinta clientela.

Dispor de refeições inesquecíveis em Monte Carlo era uma das premissas da estratégia de François Blanc que se perpetuou e continua a pautar várias ações até hoje. Por exemplo, em 1872, Jacques Offenbach (compositor de Orfeu no Inferno e criador do Can-can), Giuseppe Verdi (autor das óperas Rigoletto, La Traviata e Aida) e Alexandre Dumas (autor de best-sellers como O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros) já eram habitués do restaurante e fãs dos vinhos.

PRINCIPADO TEM TRADIÇÃO EM VINHOS

Se a região francesa de Bordeaux é o berço dos melhores vinhos do planeta, Monte Carlo é a sua cama. Nas caves do principado repousam as melhores safras dos mais aclamados rótulos já produzidos na Europa.

As famosas caves de Mônaco surgiram por insistência de Marie, mulher de François Blanc, que percebeu rapidamente o potencial do negócio. Mulher de visão, usou suas economias pessoais para a criação da morada dos vinhos. E não economizou. Chamou Jules Laurent Detrou, arquiteto precursor de Eiffel por sua concepção do Palácio de l'Industriede Paris, para projetar a adega

Depois de estudar as caves de Bordeaux, Detrou colocou mãos à obra. Escavadas na rocha do platô, as caves proporcionam a temperatura ideal para conservação dos vinhos, que são comprados anualmente na época da colheita dos grandes produtores de Bordeaux, Borgonha e Champagne como Petrus, Cheval Blanc, Rothschild, Clicquot, Pérignon. Levados para o subsolo do Hôtel de Paris, ficam lá maturando e se valorizando em sua garrafas, prontas para serem abertas pelos milionários felizes com sua performance no cassino. Hoje, boa parte da riqueza do Grimaldi dorme na penumbra protegida por rolhas.

MÔNACO, O CIRCUITO MAIS BADALADO DO PLANETA

Curvas impossíveis, aclives, declives e uma paisagem estonteante seriam suficientes para fazer do Gran Prix de Mônaco de Fórmula 1, realizado todos os anos no mês de maio – neste cairá dia 25 –, o mais festejado do campeonato mundial de pilotos e construtores. Mas ele é mais do que isso: foi o berço das corridas.

Em 1890, o filho de François Blanc, Camille, assumiu a presidência da Societé des Bains de Mer, a holding que criou e administra até hoje todos os grandes empreendimentos de Monte Carlo. Pois bem, dentre as diversas novidades que Blanc endossou e transformou em eventos no principado, o automobilismo foi a que mais vicejou.

Certamente a paixão pessoal do gestor pelos esportes a motor teve um papel importante nisso. Foi dele a ideia de transformar as ruas de Mônaco em pista de corrida que rapidamente se tornou objeto de desejo para todo piloto e para quem aprecia assistir manobras e ouvir o ronco dos motores.

Em 1898, Blanc organizou um desfile de carros. Em 1904, ele transformou a Villa de sua mãe, Marie, já falecida, no L'International Sporting Club, um clube fechado nos moldes ingleses onde poderia apurar sua técnica de piloto. No mesmo ano, promoveu uma corrida em que os construtores como Peugeot e Mercedes já participavam. Em 1929, nasceu o Grand Prix de Mônaco.

Os barcos também faziam parte da sua paixão e, para não deixar nenhum elemento de fora, a conquista do ar também teve um capítulo em Monte Carlo, com a visita em 1901 do brasileiro Santos Dumont.

Mas, no que se refere a motor e Mônaco, ninguém foi maior que Ayrton Senna, que não apenas era morador do principado como também foi o maior vencedor do GP de Mônaco. Venceu seis vezes. Vários outros heróis do esporte escolheram o platô de Spéluges para viver. Hoje, moram lá os pilotos de Formula 1 Felipe Massa, Lewis Hamilton, Jason Button e David Culthard.

COMO CHEGAR
Mônaco não tem aeroporto (o país não tem área suficiente para acomodar um). O mais próximo, portanto, é o de Nice.

Existem várias conexões possíveis, mas a mais clássica para o destino é voar São Paulo a Paris e fazer uma conexão para Nice, de onde se pode ir de helicóptero para Monte Carlo num belíssimo voo de apenas sete minutos.

Ou é possível alugar um carro ou contratar um transfer. Esta opção vale a pena porque a viagem é linda e dura cerca de 30 minutos.

ONDE FICAR
O ideal é ficar hospedado em um dos hotéis administrados pela SBM (Societé de Bains de Mer), que é a empresa quem controla as principais atrações do país. No Hôtel de Paris, por exemplo, as tarifas começam a partir de 488 euros (cerca da R$ 1.600) para uma noite.

A vantagem é que os hóspedes dos hotéis da SBM recebem uma Carte D’Or personalizada, passaporte que permite entrada gratuita ao Cassino de Monte Carlo, às salas de jogos, piscinas e ao fitness das Termas Marins.

O QUE FAZER
Além de observar a beleza do lugar, há muito o que fazer. Durante o dia, vale explorar o principado. Não perca o Museo Oceanográfico, que foi dirigido por Jacques Cousteau de 1957 a 1988 e combina uma bela construção localizada junto ao mar com diversas atrações interessantes no seu interior como o aquário dos tubarões e algumas exposições temporárias.

O Palácio do Príncipe Rainier, a Catedral, a Vila Antiga e os Jardins são outras atrações interessantes para ocupar os dias.

À noite, Monte Carlo é generoso. Além do charme do Cassino, há as apresentações na Ópera e os eventos na Salle des Etoiles, do Sporting de Monte Carlo. Dentre os quais, os favoritos dos brasileiros são o Baile da Rosa, que normalmente ocorre em março e Baile da Cruz Vermelha, que acontece em agosto. Em ambos, há a presença da família real e de celebridades.

Entretanto, nenhum evento mobiliza tanto os brasileiros do que o gran prix de F1, sempre programada para o mês de maio. Neste ano, será de 22 a 25 de maio.

AGÊNCIAS
Tereza Ferrari Viagens

Anualmente a agência organiza roteiros de uma semana que incluem hospedagem no Hôtel de Paris ou Hermitage, convites para os bailes ou para os terraços onde se pode ver a corrida e diversos passeios por preços a partir 18,5 mil euros para o casal com trecho aéreo. Mais informações no telefone 3021-1699 e www.terezaferrariviagens.com.br.

Biarritz Turismo Sports

Organiza grupos para ver o GP de F-1. Mais informações: (51) 3026.2233 e www.biarritz.net.br




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