O Grande ABC poderá abrigar a direção do Pais (Partido pela Acessibilidade e Inclusão Social), fundado em janeiro, porém ainda não oficializado junto à Justiça Eleitoral. Caso efetivada, seria a 33ª legenda no País. Em busca do registro, lideranças da sigla pretendem instalar a presidência paulista em Santo André, onde mora seu futuro dirigente no Estado, Fernando Channoschi.

Na sexta-feira, a Assembleia Legislativa acolherá o lançamento oficial do partido, às 10h. O evento também marcará o início da coleta por assinaturas para viabilidade legal da nova legenda no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Muitos partidos declaram defender os direitos dos portadores de deficiência, mas nenhuma ação eficaz sai do papel”, frisou o presidente nacional da sigla, Luiz Carlos de Lima, o Lee de Lima. Ele também está à frente da ONG ADL (Instituto de Apoio aos Deficientes Levi de Lima).

Cadeirante desde 1996, Lee foi filiado ao PT por 16 anos e, recentemente, militou no PSC, antes de se dedicar exclusivamente ao novo projeto político. “O Grande ABC é uma das regiões mais populosas de todo o Estado e, pelo número de pedidos de ajuda que recebemos por meio da ONG, deve contar com um quadro expressivo de deficientes”, salientou. A ideia é lançar a executiva estadual da sigla no dia 22.

Lee ressalta que, apesar de a principal bandeira da legenda seja a defesa pelos direitos dos deficientes, não haverá segregação. “Nossa luta principal é pela igualdade social e direito de todos”, argumenta.

O dirigente afirma que o Pais já tem representantes em 17 Estados brasileiros, como Acre, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, e em 23 cidades paulistas. Dentre os apoiadores do partido estão a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e o deputado federal e ex-jogador Romário (PSB-RJ).

A atuação por assinaturas para o surgimento de uma nova legenda, contudo, não é tarefa fácil. No ano passado, o TSE rejeitou o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-senadora Marina Silva (PSB).