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Usina nuclear em Piranhas? A insensatez continua...

A formulação de políticas públicas, em particular na área energética, tem sido calcada em diagnósticos superficiais e imediatistas

Do Diário do Grande ABC
07/01/2014 | 09:30
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Artigo

A formulação de políticas públicas, em particular na área energética, tem sido calcada em diagnósticos superficiais e imediatistas, influenciados por interesses econômicos poderosos, com clara reincidência em erros cometidos no passado. Na verdade o governo pensa o Brasil do futuro com ideias do passado.

Hoje se discute e executa completa mudança de direção no que concerne à questão nuclear. Mais e mais países decidiram refrear e mesmo abandonar a construção de outras usinas nucleares. A óbvia conclusão é a de que o risco de tal tecnologia não compensa os ganhos (se é que existem!).

Aqui no Brasil tudo é diferente. Projeta-se até 2030 a instalação de quatro outras usinas nucleares, sendo duas no Nordeste. Falou-se na cidade de Itacuruba, no sertão pernambucano, como provável local. Houve total repulsa a esta proposta, expressa no documento Carta de Itacuruba, subscrito por mais de 50 entidades. Agora, no fim do ano, toda atenção foi dirigida ao município de Piranhas, no sertão Oeste alagoano, em razão da declaração do chefe do escritório da Eletrobrás/Eletronuclear de Recife, apontando o município como o provável destino para a instalação da usina nuclear.

Com esta informação, inquérito civil foi instaurado pelo MPF (Ministério Público Federal) em Arapiraca, Alagoas. O MPF enviou ofício à Eletrobrás/Eletronuclear solicitando informações sobre o andamento do projeto, e detalhes, como a localização exata das duas usinas a serem instaladas no Nordeste, bem como a data prevista para o início da construção. E ainda esclarecimentos de que forma as populações afetadas foram consultadas, como exige a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

De acordo com a procuradora da República em Arapiraca, a instalação de usina nuclear é passível de afetar diversas populações tradicionais locais, como ribeirinhos, quilombolas, indígenas e pescadores artesanais. Motivo pelo qual o MPF instaurou o inquérito, de forma a reunir informações sobre eventual violação de direitos.

O procedimento adotado é característico da área energética, em particular pelos gestores da energia nuclear no País, que agem na surdina, sem diálogo com os interessados, as populações próximas do local, que os ‘sábios’ decidiram como o mais adequado (?).

Mas uma certeza é muito clara. As usinas nucleares não terão espaço em nosso País, e por uma única razão. Os brasileiros e brasileiras não as desejam. Em 2014, venha para a rua você também.

Heitor Scalambrini Costa é professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Palavra do leitor

Meio ambiente
É só amanhecer o primeiro dia de cada ano para nos depararmos com quantidade absurda de lixo espalhado pelas praias brasileiras. A organização da sociedade com o objetivo de evitar a degradação de nosso meio ambiente está acontecendo de forma incipiente, parecendo que nem todos se conscientizaram ainda da necessidade de cuidar do planeta. Entendo que a educação é a base da solução e quanto maiores a consciência e o conhecimento do homem, maiores serão suas responsabilidades e atitudes. Portanto, que tal rever nossas atitudes perante nosso orbe, a começar pela nossa própria educação?
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Bem tratado
Parabenizo a todos os funcionários dos Correios do Jardim Sônia Maria, em Mauá, pelos bons atendimento e serviço prestados. Agradeço pela forma como fui tratado nesse local.
Orlando Caldas Feitosa
Mauá

Nosso País
Alguém disse certa vez que o Brasil, infelizmente, não era País de gente séria. Na época, nós, brasileiros, achamos exagerado tal pronunciamento. Mas o tempo não para e, passando, vai mostrando o porquê de tais palavras. Organizaram o famigerado Mensalão, o maior roubo do suor dos trabalhadores brasileiros. Tudo perfeitamente formado nas dependências do palácio do governo federal em Brasília. Afinal, quem era o chefe no momento? Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente do Brasil. Um dos larápios, talvez com consciência pesada, resolveu delatar os comparsas, mas por alguma razão óbvia não delatou o chefe da quadrilha. Assim, diante de todas essas claras evidências dos fatos, mesmo que não queiramos, precisamos reconhecer que tais palavras de alguém no passado ainda hoje, infelizmente, continuam comprovadas.
Américo Del Corto
Ribeirão Pires

Alarmante
Não há como os cidadãos de bem se sentirem seguros, pois os bandidos fazem o que querem na hora que bem entendem. O que é mais necessário para que as nossas autoridades façam algo para garantir a segurança da população do Grande ABC, que está amedrontada com todos os absurdos que vêm ocorrendo? Pagamos nossos impostos, que são muitos, diga-se de passagem, e não somos respeitados por ninguém. Quais são os impedimentos ou dificuldades de aumentar o efetivo de policias na cidade, pois tenho a certeza de que as verbas não são tão escassas quanto as autoridades querem nos fazer acreditar. Afinal, se não tivéssemos capital, não teríamos tantos escândalos de corrupção e desvios de dinheiro público. A população grita por socorro, mas só podemos contar com ajuda de Deus. Está mais do que na hora de aqueles que elegemos para ocupar os mais diferentes cargos públicos começarem a dar ouvidos às queixas e reclamações do povo. Façam planejamento, batidas policiais, fechem as rotas de fulga, parem o trânsito, ninguém vai ficar nervoso, e sim feliz, pois estamos tendo respeito e segurança. Grana, invista em três pontos necessários e primordiais, que são Segurança, Saúde e Educação. Ou vamos esperar acontecer tragédia para ficar dando entrevistas com hipocrisias?
Reginaldo Amaral dos Santos
Santo André

Traduzindo
Seria a expressão ‘para acalmar os nervosinhos’, do ministro Guido Mantega, o equivalente ao ‘relaxa e goza’ da ‘Martaxa’ Suplicy? Governo sério não brinca nem com palavras, muito menos com números fabricados.
Claudio Juchem
Capital

Corrida de Reis
Corrida de Reis em São Caetano em fevereiro? Senhor prefeito, por quê?
José Reinaldo Hansen
São Caetano

SarneySomente um homem de envergadura moral abaixo da linha mínima da ética e decência, como José Sarney, teria coragem de vir a público e dizer que no Maranhão, que ele e sua família tornaram Estado dos mais miseráveis do Brasil, ‘nós temos conseguido que a violência não saísse dos presídios para a rua’ ao defender a incompetência da governadora, sua filha, na atual crise penitenciária. São políticos de péssima qualidade, amorais e imorais que impedem que o Brasil possa deslanchar e consiga sair desse mar de lama em quem vivemos.
Luiz Nusbaum
Capital
 




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