Economia Titulo Despesas
Preços dos vestuários seguram inflação de 0,22%
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/09/2013 | 07:26
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A inflação para as famílias chegou a 0,22% em agosto. É o menor percentual para o mês desde 2010, quando atingiu 0,17%. As informações são do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), cujo resultado é especificamente da Capital. Porém, é o que mais está próximo da realidade da região, tendo em vista a proximidade e a interligação social e econômica.

Segundo análise do professor de Economia Sandro Maskio, que ministra aulas na Universidade Metodista de São Paulo, o grupo vestuário foi o responsável por frear a variação média dos preços aos consumidores. O conjunto de produtos apresentou deflação de 0,60% no mês passado, mesmo correspondendo apenas a 5% do IPC-Fipe.

“Pode ser a sazonalidade de troca de coleção”, avaliou Maskio sobre a queda dos preços das roupas. No entanto, ele pondera que a variação climática constante também pode ter inibido a demanda, o que gera efeito de estabilidade ou, até mesmo, redução dos valores.

Por outro lado, o grupo habitação pesou no bolso dos consumidores. Principalmente pelas correções dos aluguéis, com destaque para os novos contratos, que são impulsionados pela constante valorização imobiliária do Grande ABC. Essas despesas tiveram encarecimento médio de 0,44% e são responsáveis por quase um terço do indicador geral.

Completam a lista de reforços para elevar a inflação os grupos despesas pessoais (0,63%), Saúde (0,83%) e Educação (0,09%). Por outro lado, os alimentos (-0,02%) e os transportes (-0,11%) deflacionaram.

No ano, a inflação acumulou 2%, contra 2,21% em igual período de 2012. “É sinal de que o trabalho do governo para controlar os preços está funcionando. Mas a tendência é de juros mais altos, menos consumo e investimento e, consequentemente, menor crescimento econômico”, opinou Maskio.
 




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