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Gestor em logística recebe até R$ 16 mil, diz especialista

Professor da USCS explica carreiras gerenciais em Rodada de Palestras do Diário no Sesi Mauá

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
04/09/2013 | 07:17
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Nario Barbosa/DGABC


Todas as 12,9 milhões de empresas brasileiras precisam de profissionais de gestão. Auxiliares, analistas, supervisores e gerentes são os responsáveis por administrar todas as áreas de uma companhia. E, para isso, principalmente no setor de logística e operações, segmento em ascensão que está diretamente ligado com a área de petróleo e gás, as remunerações vão de R$ 800 a R$ 16 mil.

 A informação é do ex-pro-reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e atual professor José Turíbio de Oliveira, que também ministra aulas de Administração na Fundação Santo André e Fundação Instituto de Administração. Ele se apresentou, ontem, para 128 alunos do Ensino Médio do Sesi Mauá pela 2ª Rodada de Palestras – Profissões do Setor de Gás e Petróleo, evento realizado pelo Diário e patrocinado pela Petrobras, USCS e governo federal.

 “É muito importante para os jovens entenderem a gestão. Isso porque ela envolve todas as empresas, tendo em vista que os trabalhadores ou atuarão como gestores um dia, ou serão geridos por um líder”, destacou Turíbio.

 Os salários para a carreira de gestão aumentam de acordo com dois fatores. O primeiro é a hierarquia, que tem início nos auxiliares e analistas, e vai até os gerentes. O porte da companhia também pesa na remuneração, tendo em vista que as pequenas empresas pagam menos, as médias um pouco mais e as grandes bem mais. Isso é uma prática em todos setores.

 Especificamente no setor de logística, explicou Turíbio, um auxiliar em uma pequena empresa tem salário médio de R$ 800. “Em uma grande empresa, chega a R$ 2.000”, disse. Um gerente, no entanto, recebe cerca de R$ 6.000 em companhia menor e, em grande corporação, pode ter um ordenado de R$ 16 mil. “Os diretores e presidentes também são da carreira de gestão. Um presidente de uma grande empresa chega a ter salário de até R$ 50 mil por mês, fora os benefícios como carro, casa e outros”, revelou.

 Ele destacou que o setor de petróleo e gás tem uma grande demanda por esses profissionais, tendo em vista que 3 milhões de empresas estão inseridas. E, basicamente, um profissional de gestão necessita de um curso técnico na área ou de administração. Porém, não há limites, já que um especialista pode, um dia, ser designado a um cargo de gerente ou diretor, quem sabe até um presidente. “O importante é que hoje não basta ser bom. O mercado precisa dos ótimos”, ponderou Turíbio.

 Entre os diferenciais que o profissional gestor deve ter, orientou o acadêmico, estão a percepção do todo da empresa, a disposição para aprender os diversos assuntos tratados, não ter medo de fronteiras, saber lidar muito bem com pessoas e processos, aprender a perdoar e a cobrar para gerir gente. “E o mais importante, saber sobre tudo e buscar atualização constante”, pontuou Turíbio.

 “Fiquei impressionado com o salário de um gerente”, disse o estudante do 3º ano do Ensino Médio Bruno Henrique da Silva, 17 anos. Por outro lado, o aluno do mesmo período Lucas Rosa Fagundes, 17, se surpreendeu com o vasto campo de atuação que a área de gestão pode oferecer.

 Já Eduardo Henrique Maciel de Almeida, 17, foi além. “Eu estudo técnico de Química. Pretendo seguir na carreira de petróleo e gás. Hoje já busco muitas informações sobre o assunto. E abri minha visão sobre o setor após a palestra”, destacou.

 A administradora escolar do Sesi Mauá, Silene Cristina Antoneli de Siqueira, avaliou como  importante a palestra para ampliar o conhecimento dos alunos sobre o mercado de trabalho. “Principalmente no que diz respeito às oportunidades do setor de petróleo e gás, que é muito relevante na região, tendo em vista que temos a refinaria (a Recap, de Capuava).”

 O gerente de comunicação institucional da regional São Paulo/Sul da Petrobras, Diego Pila, avaliou que o patrocínio ao evento “está alinhado à estratégia da companhia de contribuir para a qualificação profissional da cadeia de petróleo e gás. Até 2015, devem surgir mais de 50 mil vagas ao ano nesse setor para técnicos e os estudantes precisam ter acesso a essas oportunidades.”

Alunos criam sistema para monitorar deslizamentos

Seis alunos do Ensino Fundamental do Sesi Mauá criaram seu primeiro projeto para o 5º Torneio de Robótica regional, previsto para acontecer no quatro trimestre. Eles desenvolveram um protótipo de sistema para monitorar deslizamentos de terra, problema recorrente da cidade e que atende à demanda da competição deste ano, a fúria da natureza.

Everton Reichert Farias, 13 anos, Ana Carolina Marinho Silva, 13, Victor Ferreira Amaranto, 15, Tales Pereira de Jesus, 14, Christopher de Omena Pimenta, 15, e Maria Eduarda Lima, 10, criaram uma pulseira de monitoramento de risco de deslizamento, um receptor e um robô para auxílio nos resgates, tudo com peças de Lego.




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