Política Titulo PRESENCIAL E A DISTÂNCIA
Alckmin anuncia 4ª universidade estadual

Projeto de lei que CRIA a Univesp foi assinado;
previsão é que as aulas comecem em fevereiro

Aurélio Alonso e Wilson Marini
Rede APJ
21/07/2013 | 07:37
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Marcelo Camargo/ABr


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que São Paulo terá sua quarta universidade estadual. O projeto de lei que formaliza a criação da instituição, denominada Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), já foi assinado e a previsão é que as aulas sejam iniciadas em fevereiro. Serão cursos a distância e presenciais, com sede na Capital.

Para o funcionamento da nova entidade educacional de formação superior, serão usados recursos das outras três universidades sob tutela do Estado: USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista), além de verbas próprias da Univesp.

“Tem uma novidade boa: vamos implantar a quarta universidade paulista (...) Estamos verificando a demanda. O foco será sempre o mercado de trabalho, uma parte voltada à educação, às áreas técnicas e cursos superiores (...) Estamos definindo os cursos que serão implementados”, discorreu o tucano, na quinta-feira à tarde, no Palácio dos Bandeirantes, com exclusividade para a APJ (Associação Paulista de Jornais, entidade da qual o Diário faz parte. Apesar de ainda não estar completamente formatada, devem ser disponibilizadas formação em engenharia de produção e da computação.

Alckmin defendeu a promoção de cursos pela internet dizendo, inclusive que ele já deu aulas por meio da ferramenta. “Há um estudo que em 20 anos mais da metade dos alunos do ensino superior do mundo estarão estudando pela internet. Hoje você entra em uma aula do MIT (Massachusetts Institute of Technology) pela internet. Dei aula em três universidades, a maioria a distância e tinha aluno em Fernando de Noronha.”

O professor Carlos Voght, ex-reitor da Unicamp, é o presidente da Univesp. Segundo ele, a criação da universidade é uma forma de atender as novas demandas de oferta de Educação formal, usando novas tecnologias, otimizando os recursos e universalizando a Educação. “É usar a tecnologia como ferramenta a serviço da Educação de qualidade e da cidadania para todas as regiões do Estado”, diz Voght.

 

ETEC E FATEC

O governador afirmou ainda que serão ampliadas as atuações das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades Estaduais de Tecnologia). “Estamos ampliando as Etecs que têm alta empregabilidade. De cada cinco jovens, quatro são empregados. E ampliando as Fatecs, que têm alta empregabilidade: de cada dez, pelo menos nove são contratados. Vão ser instaladas 11 novas faculdades de engenharia (a maioria pela Unesp)”, salientou.

 

ESCOLA DA FAMÍLIA

Ainda sobre a área educacional, Alckmin disse que, em até 30 dias, o programa Escola da Família será reformulado. “Vamos aumentar o valor das bolsas para aumentar o interesse das faculdades em participar do projeto. Agora será somente um dia, antes era sábado e domingo. A ideia é a escola ficar aberta todo final de semana e feriado. O jovem do ensino médio vai ganhar uma bolsa para ser voluntário. O governo paga para educador profissional, educador universitário (que recebe uma bolsa para custear o curso) e educador voluntário (são 15 mil). É para pais e vizinhos frequentarem a escola. O fato de o pai se envolver já ajuda.”

Recuperação de ICMS beneficia prefeituras

Por meio do PEP (Programa Especial de Parcelamento) de dívidas, o governo do Estado recuperou, de 1º de janeiro a 15 de julho, quase R$ 5 bilhões, dos quais R$ 1,25 bilhão foi destinado às prefeituras. Esse montante incrementou os orçamentos das administrações municipais, pois não estava nas previsões de arrecadação.

“Temos feito esforço permanente para fortalecer os municípios. Não há Estado forte sem municípios fortes. E não tem País forte sem Estados fortes”, disse Alckmin.

Para os sete Paços do Grande ABC chegaram cerca de R$ 100 milhões. A verba foi assim dividida: Santo André (R$ 15.275.457,66), São Bernardo (R$ 44.537.843,73), São Caetano (R$ 13.562.807,12), Diadema (R$ 13.264.279,94), Mauá (R$ 10.582,445,38), Ribeirão Pires (R$ 1.961.082,37) e, por fim, Rio Grande da Serra (R$ 511.499,22).

O governador paulista lista ainda outras vantagens do programa de parcelamento de débitos. “Essa transferência de recursos deu uma grande ajuda às prefeituras. Uma primeira vantagem do programa de parcelamento é a regularização das empresas. Elas querem ficar na formalidade e têm dificuldades. Injeta recursos nos municípios, no governo local. Representa empregos, investimentos e serviços públicos de melhor qualidade, infraestrutura.”

 

PACTO FEDERATIVO

Para Geraldo Alckmin, somente um novo pacto federativo, com a descentralização de poder do governo federal para os estados e municípios, poderá resolver as demandas sociais que emergiram nos protestos nas ruas nas últimas semanas. “O que o município puder fazer, o Estado e a União não devem fazer.”

Mas, para isso, é preciso oferecer mais recursos aos municípios para enfrentar problemas como o da Saúde. “O Brasil tem uma herança centralizadora que não funciona num país continental. O Brasil tem que ser federativo.” Para Alckmin, o País vive uma crise de liderança política, que deve ser enfrentada com “reformas estruturantes”, entre as quais a implantação do voto distrital para conferir representatividade aos agentes eleitos.




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