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Manifestação acaba
em agressão dentro
do Consórcio

Reunião entre os prefeitos e ativistas terminou em confusão; militante do Psol saiu ferido

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
16/07/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


 O que era para ser apenas um encontro entre os prefeitos das sete cidades para discutir temas como Segurança pública acabou em confusão e agressão dentro de sala de reuniões do Consórcio Intermunicipal. Grupo de 25 manifestantes foi à sede da entidade, em Santo André, ontem, para reivindicar melhorias no transporte público da região. Eles foram recebidos pelos líderes municipais, que ouviram os pedidos dos ativistas. No fim do encontro, houve tumulto e o presidente do Psol de Santo André, Marcelo Reina, candidato ao Paço andreense no ano passado, saiu agredido, com sangramento no nariz.

Reina registrou boletim de ocorrência no 1° DP (Centro) de Santo André. Ele afirma que recebeu golpe no rosto de um dos seguranças particulares do presidente da entidade regional e prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT). “Acabou a reunião e fomos cobrar porque só foi respondido apenas um dos sete pontos que apresentamos. Os prefeitos foram saindo da sala e os manifestantes começaram a abordá-los individualmente. Marinho, por ser o presidente, foi cercado. Quando começou o tumulto, o sujeito desferiu-me um soco. Nem vi direito de onde veio”, relatou.

Alguns manifestantes acusaram o prefeito de São Bernardo de ter empurrado e tentado agredir um dos ativistas. Reina chegou a chamar o chefe do Executivo para a briga. “Não faço o boletim de ocorrência se o Marinho aceitar ir para o ringue comigo, porque o vi dando soco nos outros aqui, então suponho que ele seja lutador. Pratico kung fu e proponho uma luta. Nunca tinha visto uma ação tão covarde como essa.”

O grupo denominado Comitê dos Trabalhadores e Juventude do ABC, composto por militantes políticos, estudantes e outros movimentos sociais organizados, se concentrou na frente do Consórcio no início do manhã. Após muita negociação, os prefeitos aceitaram receber os ativistas, que pedem integração intermodal do transporte metropolitano da região, revogação total da tarifa (voltar ao valor de R$ 2,90), coletivos 24 horas, passe livre e audiência pública para discutir as planilhas de custo do sistema de transporte nas sete cidades.

Marinho se negou a comentar as agressões. Em nota, o Consórcio alegou que parte do grupo tentou impedir a saída do presidente da entidade, levando à intervenção da segurança para desfazer o bloqueio. A instituição também comunicou que lamenta que uma parcela desse grupo tenha se mostrado incapaz do diálogo democrático sobre as políticas públicas regionais. 




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