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Casais devem dividir organização de questões financeiras
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
12/06/2009 | 07:01
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Não é à toa que a frase "o dinheiro destrói o amor", atribuída ao chamado "Profeta Gentileza", do Rio de Janeiro, é repetida em todos os cantos do País. Sem atenção específica para o assunto, casais podem contrair dívidas e minar a relação. No entanto, é possível se prevenir. Auto-conhecimento e muita conversa formam o par ideal para a convivência do casal quando o assunto é dinheiro.

O fato é que são poucos os casais que sabem lidar com a questão financeira, sejam namorados ou já casados. Gustavo Cerbasi, economista e autor do best-seller Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, afirma que a iniciativa de escrever o livro veio justamente do grande número de e-mails que recebia de casais falando dos problemas de finanças a dois. "Identifiquei que vinha escrevendo muitas respostas sobre esse assunto, então resolvi escrever o livro", afirma. Um dos maiores problemas comentados com o autor é a resignação de uma das partes em relação à vida financeira. "Essa é a reclamação número um. Sempre um dos dois acha que o outro não se importa com a organização do dinheiro."

Casado há pouco mais de um ano, o especialista afirma que a melhor estratégia é a conversa, desde que não seja iniciada por acusações mútuas. "Os casais precisam falar mais sobre dinheiro, sobre sonhos e necessidades individuais.Assim serão capazes de dar as mãos e buscarem juntos a realização de ambos."

Os casados devem investir na união. "O mais correto é que componham a renda da família conjuntamente e tirem uma espécie de mesada do valor total para as despesas pessoais", aponta Cerbasi. "Recomendo a conta conjunta, assim ambos são responsáveis pelo orçamento da família."

Para quem ainda não é casado, a conversa e a união para debates financeiros também é válida. "Vale a pena começar a enfrentar pequenos desafios a dois, por exemplo, juntar dinheiro para uma viagem ou para a aquisição de algo para os dois", explica. "Muitos se questionam se estão sendo elegantes, mas o sucesso vem mesmo com muita transparência." Por isso, a sugestão do economista é o acordo prévio. "Na hora de pagar a conta por exemplo, é ideal que quem convidar já combine antes que cada um deve pagar o seu, ou que será por conta dele", comenta.

"O namoro é um ensaio para o casamento. Quando as finanças são bem trabalhadas desde o começo, o casal já se acostuma a lidar com isso."




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