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Pio XII quis esconder judeus em conventos durante a II Guerra Mundial
Da AFP
07/08/2006 | 13:35
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O convento romano dos Quatro Santos Coroados abrigou durante a ocupação nazista refugiados políticos e judeus por ordem direta do papa Pio XII, revela o diário de uma das freiras do mosteiro que será divulgado na publicação mensal italiana Trenta Giorni.

Segundo o jornal La Stampa, que teve acesso a este diário, elaborado há mais de 60 anos, o papa, muito criticado por ter mantido silêncio durante o holocausto, deu instruções à madre superiora para a abertura excepcional deste convento dedicado à vida contemplativa com o objetivo de acolher as pessoas procuradas pelos alemães.

A "redatora anônima" deste diário detalha a data e os nomes de mais de dez pessoas, algumas delas judias, que se esconderam no convento de setembro de 1942 a junho de 1944.

Entre estes hóspedes está Amalia Viterbo, sobrinha judia de Palmiro Togliati, conhecido político e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano.

A irmã escreveu, entre outras coisas, que o padre queria salvar "seus filhos, assim como os judeus", e havia ordenado que fossem abertas as portas dos mosteiros, incluindo os de clausura, para aqueles que estavam sendo perseguidos.

Posteriormente, a madre superiora obteve documentos falsos para seus hóspedes, por meio de um policial italiano da resistência quando constatou que as SS, forças especiais de segurança dos nazistas, não respeitavam os recintos de clausura de mulheres, escreveu o La Stampa.



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