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Petrobras deve sair da distribuiçao de gás
Por Do Diário do Grande ABC
12/04/1999 | 19:20
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A Petrobras deverá vender participaçoes acionárias em empresas distribuidoras de gás e adotar uma política para o setor diametralmente oposta à da diretoria anterior. Além de nao participar do leilao da Comgás, marcado para quarta-feira, a companhia deverá "enxugar" sua presença no mercado, que atualmente se estende por todo o território nacional, à exceçao de Sao Paulo.

O presidente anterior, Joel Rennó, tinha como prioridade a entrada no mercado paulista, para firmar a posiçao da Petrobras como a maior operadora do setor. A participaçao agressiva, porém, transformou a empresa em quase monopolista e está dificultando a entrada de novos concorrentes, que o governo pretende incentivar. A administraçao de Henri Philippe Reichstul na presidência da companhia vai seguir a orientaçao do governo.

Nesta terça-feira, Reichstul reúne-se no Rio com o ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, e com o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, para acertar as novas diretrizes para a estatal. Nesta segunda-feira o superintendente da Distribuidora de Tículos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil (BB-DTVM), Evandro Lopes, informou que há mais de seis meses vinha assessorando a direçao da Petrobras para a participaçao na disputa pela Comgás.

Segundo Lopes, a participaçao da BB-DTVM foi apenas a de consultoria. Ele informou, também, que nada houve de irregular na composiçao da Sociedade de Propósito Específico Ibidem para participar do leilao. A SPE já estava juridicamente pronta há meses e abrigraria a BR-Distribuidora - a principal subsidiária da Petrobras - no leilao, junto com o Fundo Petrobras de Seguridade Social (Petros). "É um procedimento comum, usado para agilizar a participaçao nas privatizaçoes", disse Lopes.

Reichstul, que nao sabia da inscriçao da Petrobras na disputa, desautorizou a participaçao da holding ou de qualquer de suas subsidiárias.

Na reuniao de desta terça-feira, além de discutir a questao do gás, será debatida a necessidade ou nao de devoluçao de áreas pedidas pela diretoria anterior para exploraçao de jazidas de petróleo. Foram 115 blocos ainda em fase de pesquisa, que permaneceram com a Petrobras, que tem prazo de três anos para começar a produzir comercialmente nestas áreas.




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