Representantes da Sedu (Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano), órgao com status de Ministério da República, e da Caixa, responsável pelo repasse da verba, estiveram nesta quinta em Sao Bernardo para verificar os últimos ajustes do projeto de habitaçao elaborado pela Prefeitura.

A favela do Parque Sao Bernardo, que ocupa 420 mil m² e tem cerca de 12 mil moradores, foi escolhida para receber os benefícios do programa - R$ 14,3 milhoes - por ser uma das áreas de habitaçao mais precárias da cidade.

Segundo o consultor da Sedu Ambrosino de Serpa Coutinho, Sao Bernardo é um dos primeiros municípios a receber os recursos porque apresentou um projeto de alto nível técnico e bastante próximo do plano executivo. "Selecionamos inicialmente uma amostra de 22 municípios situados em regioes metropolitanas ou conglomerados urbanos em todo o país", afirmou.

Segundo Serpa, o Habitar Brasil-BID é um projeto integral, e nao apenas de habitaçao, suprindo todas as necessidades dos assentamentos subnormais - nome dado às áreas habitacionais com condiçoes inferiores ao índice mínimo de normalidade -, como saneamento básico, iluminaçao elétrica, coleta de lixo e transporte coletivo.

No parque Sao Bernardo as casas de alvenaria serao construídas em regime de mutirao pela própria populaçao, a exemplo do que ocorreu na Vila Carminha e no bairro Detroit em um outro projeto habitacional. "Até o fim do ano, a Prefeitura vai começar todas as obras de infraestrutura, que incluem a abertura de ruas", disse o secretário de Habitaçao e Meio Ambiente do Município, Carlos Comunian. Ele afirmou ainda que serao instalados no local equipamentos comunitários como creche e quadras esportivas. O prazo para a conclusao das obras é de dois anos.

Nesta sexta, os representantes da Sedu vao a Santo André para verificar o projeto de habitaçao da cidade, que também será incluída. Os locais escolhidos para receber os benefícios foram as favelas Capuava e Gamboa. Os convênios só poderao ser oficializados depois de 3 de outubro, dia das eleiçoes municipais. Do total de investimento em cada projeto, 20% serao bancados pelos cofres municipais.