Palavra do Leitor Titulo Palavra do Leitor
Consciência Negra e cores da desigualdade
Do Diário do Grande ABC
20/11/2018 | 12:34
Compartilhar notícia


O Dia da Consciência Negra faz referência ao dia da morte de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, que lutou para preservar a cultura dos africanos que conseguiam fugir dos seus senhores. Mas essa é guerra travada, na qual ainda temos vários embates.
A batalha contra o racismo vai além de ‘mimimis’, assim taxados e expostos nas redes sociais, por aqueles que acreditam que seja mero vitimismo. Trata-se de racismo estrutural e velado, sutil, que passa de forma sorrateira, mas não para quem sofre todos os dias.
‘Eu preciso ser melhor o tempo todo, e provar diariamente, a cada minuto que eu sou capaz’. ‘Não é justo que me julguem por eu ser quem eu sou, sem nem me conhecer’. ‘Senti-me rejeitado e excluído, é muito difícil’. Essas são frases de jovens negros que em algum momento da vida sentiram na pele o peso de ter maior concentração de melanina.
A escravidão durou três séculos, anos de muita injustiça e, atualmente, ainda é possível sentir seus reflexos. Segundo levantamento feito em 2017, pelo Programa do Fundo de População da ONU (Organização das Nações Unidas), todos os anos são assassinadas, no Brasil, 30 mil pessoas e, desse total, 23 mil são jovens negros.
A população negra é a mais violentada e sofrida, os números apontam e não nos deixam mentir. As cores da desigualdade sangram, assim como sangravam os ancestrais no passado, quando eram castigados por meio de chicotadas, vira-mundo e a gargalheira, objetos usados para castigar os escravos ‘rebeldes’.
O escritor e antropólogo Darcy Ribeiro disse que o ‘Brasil, último País a acabar com a escravidão, tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso’.
Diante das aflições, é necessário se ‘prender’ e agradecer ao legado deixado pelos negros africanos, que nos deixaram palavras para nosso vocabulário, pratos para nossa culinária, festas populares e instrumentos musicais. Não podemos pensar a nossa cultura sem entender a herança africana.
No dicionário, a palavra consciência significa ‘sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior’. O meu desejo é que a cada dia aumente nossa empatia e consigamos nos colocar no lugar do outro, independentemente da cor. Eu quero que sejamos capazes de entender e sentir do outro a sua dor.

Idalina Miranda dos Santos é repórter do telejornal Canção Nova Notícias, na TV Canção Nova.

Palavra do Leitor

Abandonada
Alerto ao nosso prefeito Paulo Serra para que olhe mais para a nossa Santo André, principalmente para o Centro. A cidade está suja e com invasão de camelôs, que não respeitam os horários impostos pela Prefeitura. E os fiscais também não estão nem aí. Entre a estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o terminal de ônibus está uma sujeira só. Até o terminal da Metra está sujo, cheio de bêbados, mendigos e ninguém faz nada. No horário de pico quase não dá para passar em frente ao terminal nem ruas próximas de tantos ambulantes circulando no local. Tudo isso começou nesta gestão. Uma das causas é a Casa Amarela, que a cada dia recebe mais gente de outras cidades, tornando o Centro local abandonado. Digo tudo isso para alertar, ajudar a administração de nossa cidade. Quem vem de outros locais de trem, quando desce em Santo André, tem visão horrível, prefeito.

Maurício Goduto
Santo André

Direitos humanos
É inadmissível o procedimento do governo ditatorial comunista cubano, que escraviza os seus próprios cidadãos, médicos, trabalhando no Brasil com seus familiares reféns em Cuba, para lhe garantir a fonte de renda constante de contrato em desrespeito aos direitos humanos feito pela ex-presidente Dilma Rousseff. E, até hoje, após seis anos, nunca vimos um questionamento sequer por parte da ONU (Organização das Nações Unidas), que ainda tenta interferir na condenação do presidiário e corrupto Lula. Afinal, para que serve a ONU?

Benone Augusto de Paiva
Capital

Há quem diga
E ainda há quem diga que ‘não existe racismo no Brasil’. Dia 16, participei de processo seletivo em loja do Shopping Metrópole, em São Bernardo. Fui o primeiro a chegar. A gerente, em ‘bate-papo’, perguntou sobre experiências profissionais, histórico escolar, estado civil, mora com quem, até que fui surpreendido: ‘Qual sua religião?’. Respondi: ‘Tenho religião, sou religioso’. A moça ficou sem entender a minha resposta. Daí, depois, disse: ‘Caso eu te contrate, você teria que mudar o estilo de cabelo, porque aqui é loja tradicional’. Tenho cabelo cacheado, que forma ‘black power’ (extremamente apresentável). Nesse momento entrei em choque. A moça, sem saber mais o que dizer, pediu que eu aguardasse fora da loja. Quando chamou, mediu-me dos pés à cabeça (e, graças a Deus, eu estava de social, roupa limpa e bem passada) e disse. ‘Então, a vaga eu não sei bem como é, isso é com o outro supervisor e ele não chegou. Assim que chegar eu te ligo’. Após ter entrevistado outra pessoa, uma moça loira, de olhos claros, solicitou que a mesma já fizesse exame de admissão e a relação de documentos. Lembrando que era para mesma vaga (que, por sinal, eram quatro). Ou seja, passou na minha frente para ser entrevistada, foi contratada, não foi tratada com indiferença e ainda assim tenho que ouvir que não existe racismo!

Vinícius Fortini
São Bernardo

Fim da EBC
Presidente Bolsonaro, o senhor viu que para se eleger não foi preciso gastar fortuna e que as redes sociais fizeram o trabalho muito bem, combatendo mentiras e levando notícias aos leitores de todas as classes. Com relação à EBC (Empresa Brasil de Comunicação), seu custo é desperdício. Essa empresa foi criada em 2007 pelo governo do PT. Sua finalidade nunca foi a comunicação, mas sim guarda-chuva para abrigar apaniguados. Qual a relevância de manter essa empresa que não tem audiência? De acordo com sua campanha, os cortes e desperdícios viriam. Pois, então, corte e pronto. Não ceda ao choro dessa gente, que foi acostumada a ‘mamar nas tetas do governo’. O povo pediu nas urnas por mudanças. Vamos mudar! O senhor será aplaudido por tomar medidas saneadoras.

Izabel Avallone
Capital

Cumpriu
Louvável o fato de o presidente eleito Jair Bolsonaro ter cumprido sua promessa de destinar R$ 2 milhões de emenda parlamentar para a Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas Gerais, que, com competência, o atendeu depois que sofreu atentado, quando gravemente foi ferido com facada nessa cidade mineira durante a corrida à Presidência! Que o cumprimento de suas promessas não pare por aí! E, como torcemos e acreditamos, que também sejam cumpridas durante a sua gestão no Planalto as promessas feitas na campanha eleitoral, como de alavancar o nosso desenvolvimento econômico, acabar com o alto desemprego, diminuir o tamanho do Estado, de enfrentar de forma implacável a insuportável criminalidade existente no País etc.

Paulo Panossian
São Carlos (SP)
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;