Política Titulo Editorial
Crise na Saúde
Do Diário do Grande ABC
21/06/2018 | 10:52
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A Saúde pública no Grande ABC está por um fio. Poder-se-ia dizer até que respira por aparelhos, mas a condição é tão crítica que, fosse uma situação real e não figura de linguagem, dificilmente os dispositivos necessários para a manutenção da vida estariam ativos. 

Em dois anos (2016 e 2017) o governo federal cortou R$ 23,5 milhões do montante repassado às cidades da região para a manutenção do SUS (Sistema Único da Saúde). Tamanho corte se revela em prejuízo no atendimento dos que mais necessitam e que não contam com outra alternativa. É dinheiro destinado a custear serviços como assistência a farmácia, procedimentos de média e alta complexidades ambulatorial e hospitalar, mas que não é enviado em quantidade suficiente pelo Ministério da Saúde.

Assim, resta às cidades utilizar recursos próprios para manter o funcionamento das unidades. Aí falta para a realização de serviços básicos, como a equipe de reportagem do Diário testemunhou em mais de um município. Prédios com janelas quebradas, estofados com remendos e populares se queixando da falta de medicamentos simples.

O que faz o governo federal pode ser considerado um calote à Saúde pública, uma vez que desrespeita acordos assinados e deixa de atender setor de extrema importância.

Outro problema de Saúde na região e que está na iminência de tomar proporções impensáveis é o Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá. A Fundação do ABC, responsável por gerir o equipamento, reclama de dívida astronômica (R$ 120 milhões) não honrada pela Prefeitura de Mauá. Com isso, já cancelou cirurgias eletivas e estuda restringir acesso ao pronto-socorro. Cita a intenção dos médicos de cruzar os braços por ausência de pagamento e a falta de insumos necessários ao atendimento.

Mais uma vez vai sobrar para os cidadãos. Gente que paga impostos cada vez mais altos e que vê direitos básicos, como a Saúde, sendo negligenciados. 




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