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Bernardinho se coloca como embaixador do Novo

Ex-técnico de vôlei da Seleção esteve em S.Caetano para dar palestra e falar sobre projeto da sigla

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/06/2018 | 07:01
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Denis Maciel/DGABC


Em evento ontem na Faculdade de Engenharia Mauá, em São Caetano, o empresário e ex-técnico da Seleção Brasileira de Vôlei se colocou na condição de embaixador do Novo, criado em 2015, ainda desconhecido de grande parte do eleitorado, e que participará, em outubro, da primeira disputa presidenciável – lançará o ex-banqueiro João Amoêdo. A ideia, segundo ele, é propagar as propostas da sigla “ao grande público” ao participar indiretamente do processo. “Minha participação é como apoiador (nas campanhas), sem envolvimento com a velha política, com práticas antigas. Passa momento da indignação, de lamentação, para participação.”

Bernardinho era cotado para concorrer ao governo do Rio de Janeiro pelo Novo – onde está filiado desde 2016, após passagem rápida pelo PSDB – ou entrar na vaga de vice de Amoêdo. No mês passado, no entanto, anunciou ter recusado as propostas, sem descartar a possibilidade em 2020. “Declinei da possível candidatura neste momento. No próximo (pleito) ainda não sei. É algo a se pensar”, disse, ao alegar que um dos principais aspectos que o seduziram à sigla foi “o fato de o Novo não usar verba pública para promover suas ações”. “Não faz sentido algum uma agremiação privada (partido) ser financiada por recursos dos nossos impostos. O Fundo Partidário é mecanismo de perpetuação no poder.”

Em 2016, o ex-técnico já aderiu à campanha na cidade do Rio do vereador Leandro Lyra (Novo), eleito com 29,2 mil votos, décimo mais bem votado. Bernardinho chegou ontem na Mauá de mochila nas costas, ao lado do pré-candidato a deputado federal Vinicius Poit, com raízes no Grande ABC. Citou que um dos pontos altos da palestra é incentivar a maior atuação na política. “Vim falar de valores e que as pessoas assumam responsabilidade, valores importantes na vida das pessoas, não só de política. Cada um de nós tem que ser um jogador nesta história. Não adianta ficar torcendo, achando que virá um salvador da pátria e fazer com que o jogo vire. Isso não existe.”

Durante a fala, Bernardinho frisou que teve “inúmeras propostas” para deixar o Brasil no ano passado, entre elas para treinar time de vôlei nos Estados Unidos, dentro de universidade. Rejeitou. “Meu Norte é o seguinte: não quero viver em outro país, quero viver em outro Brasil”, pontuou, mencionando, na sequência, o momento de crise no Estado do Rio. “Dizem por aí que o Brasil chegou ao fundo do poço, mas lá no Rio abriram o alçapão do fundo do poço. Tem governador, presidente da Assembleia (Legislativa, presos)”, opinou, ao tratar sobre ética. “O poder os corrompeu.”

O empresário criticou ainda a MP (Medida Provisória) editada do governo Michel Temer (MDB) para “retirar dinheiro do Esporte” – medida transfere parte dos recursos arrecadados pelas loterias federais para o Ministério da Segurança Pública. “Nunca se fala em diminuir privilégios.”  




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