Memória Titulo MEMÓRIA
Livro faz justiça ao tradutor nacional
Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
01/06/2018 | 07:00
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A abertura da Memória de hoje é sugestão do professor Antonio de Andrade e do jornalista Humberto Pastore.


Um livro básico sobre os tradutores brasileiros de todos os tempos está sendo lançado por duas professoras e tradutoras do Grande ABC. Damiana Rosa de Oliveira, de São Bernardo, e Andreia de Jesus Cintas Vazquez, de Santo André, escreveram A Fantástica História (Ainda Não Contada) da Tradução no Brasil (Editora Transitiva), obra apresentada com exclusividade pelo programa Memória na TV, do DGABC TV. Assistam. Está no ar. Basta acessar: www.dgabc.com.br .

“O tradutor é um ser escondido, praticamente invisível para a sociedade. Apesar da sua importância, ele acaba ficando nos bastidores, em todos os projetos. A ideia do livro é resgatar a importância do tradutor”, conta no programa Damiana.

“Os tradutores trouxeram a literatura mundial para o Brasil”, reforça Andreia.

João Ramalho e Bartira
Pedro II e Ruy Barbosa

Monteiro Lobato
Carlos Lacerda...

Ao longo do programa, Andreia e Damiana relacionam alguns dos tradutores perpetuados no livro que escreveram.

João Ramalho e sua mulher, Bartira, por exemplo, são os primeiros intérpretes do Brasil. Mem de Sá relata: “Por essas bandas existia a língua João Ramalho”. Língua, no quinhentismo, podia ser entendida como sinônimo de intérprete.

Bartira era uma verdadeira diplomata. Aprendeu a Língua Portuguesa e traduziu os idiomas das várias tribos que existiam no Brasil. Um pesquisador da Universidade do Minho, em Braga, Portugal, diz que sem Bartira não existiria São Paulo, tamanha a sua importância.

Ruy Barbosa fez parte da equipe que traduziu a Bíblia para o Brasil.

Dom Pedro II, um tradutor técnico. Traduziu muita coisa na área da botânica – foi o imperador quem traduziu o livro As Mil e Uma Noites do árabe para o português.

Monteiro Lobato. Trouxe uma grande parte da literatura estrangeira para o Brasil, com mais de 100 livros traduzidos.

Carlos Lacerda, o político, chegou a fazer legendas em filmes de caubói.

Estes são alguns dos nomes conhecidos. Mas quem fez as primeiras traduções técnicas no Brasil?
O tradutor técnico.

E o exemplo da GM

Pensem nas empresas multinacionais estabelecidas no Grande ABC desde o fim do século 19. Pensem na tecnologia que as fábricas trouxeram, de uma Streiff, uma Rhodia, a cadeia automotiva. Explicações técnicas escritas no idioma de cada matriz, com predominância para o inglês, mas não só. E quem traduziu todas aquelas palavras para o entendimento do nosso trabalhador?</CW>

Damiana comenta que é superdifícil achar os nomes dos tradutores técnicos que, diferentemente do tradutor juramentado, não assinam a tradução. Andreia reforça lembrando que esta é a parte mais difícil do trabalho realizado por elas. Mas portas têm sido abertas.

A General Motors, quase centenária em São Caetano, se interessou. Vai colocar à disposição das duas professoras as obras de autores técnicos que estão no anonimato. Um belo exemplo.

E as demais? Quem traduziu os informes técnicos da alemã Volkswagen, da sueca Scania, da norte-americana Ford-Willys, da francesa Fichet & Schwartz-Hautmont?

Técnicos canadenses e norte-americanos que participaram da construção da Represa Billings, vários deles aqui morreram e estão sepultados no Cemitério de Vila Euclides. Imaginem quantas histórias eles registraram, cientificamente até, para verdadeiramente transformar a geografia regional!

No seu trabalho, Andreia e Damiana localizaram uma certidão de casamento de 1896, assinada por Manoel Eduardo de Almeida, o Maneco do Padre de São Bernardo, dono do primeiro Cartório de Registro Civil do Grande ABC. Teria sido ele o primeiro tradutor juramentado do Grande ABC.

Novos livros virão.
A tradução nas Américas.
Europa. Ásia, Oceania...

A Fantástica História (Ainda Não Contada) da Tradução no Brasil é o primeiro livro de Damiana e Andreia. Os planos são muitos. A meta é identificar os tradutores universais que permaneceram no anonimato.

Acompanhem este esforço das duas professoras do Grande ABC. Comecem assistindo a entrevista. É a entrevista desta semana no DGABC TV. Imperdível. Uma pauta permanente para esta página Memória, que confia e torce pelas duas jovens autoras.


Diário há 30 anos

Quarta-feira, 1º de junho de 1988 – ano 31, edição 6767

Manchete – Eleições municipais só dependem de Sarney (presidente da República), garantem líderes. O presidente da República não quer prorrogação de mandatos, diz o governador do Paraná, Álvaro Dias.


Em 1º de junho de...

1918 – O cônego José Valois de Castro é eleito senador estadual paulista, vencendo a Pereira Barreto.

Nota – Na imprensa, foi a vitória do Correio Paulistano, que apoiou Valois; Barreto recebeu o apoio do Estadão.

No Grande ABC, a Câmara Municipal de São Bernardo dividiu o município em cinco seções eleitorais para o pleito: Sede (Vila de São Bernardo), Paranapiacaba, Ribeirão Pires, Santo André e São Caetano.

A apuração em Ribeirão Pires indicou a vitória de Pereira Barreto: nove votos contra três de José Valois.

A guerra. Do noticiário do Estadão: preparativos da ofensiva austríaca.

1958 – Nasce, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, o jornalista Geraldo Nunes, formado pela Umesp, integrante da Academia Paulista de Letras e um estudioso da história paulista e brasileira.


Santos do Dia

João Batista Scalabrini
Herculano de Piegaro
Justino


Hoje

Dia Nacional da Imprensa


Municípios Brasileiros

Sessenta cidades celebram aniversários em 1º de junho.


História das Copas

SEXTA QUESTÃO

Qual clube brasileiro cedeu mais jogadores para a Seleção em Copas do Mundo até 2014?

A – Botafogo
B – São Paulo
C – Vasco

Resposta amanhã.

Resposta da quinta questão, ontem colocada:

Qual foi a melhor colocação da extinta União Soviética em uma Copa do Mundo?

A – Terceiro lugar
B – Quarto lugar
C – Quinto lugar

Foi o quarto lugar (alternativa B) na Copa de 1966, na Inglaterra.

Na primeira fase, a então União Soviética do goleiro Yashin classificou-se em primeiro no Grupo 4, fazendo 3 a 0 na Coreia do Norte, 1 a 0 na Itália e 2 a 1 no Chile.
Nas quartas de final a URSS ganhou da Hungria por 2 a 1 e, na semifinal, perdeu para a Alemanha por 2 a 1.

Na decisão do terceiro lugar, perdeu também por 2 a 1 para Portugal, que tinha o craque Eusébio. 




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