Mesa diretora aceitou argumentação da defesa do ex-prefeito, que corre para reverter revés
A Câmara de Ribeirão Pires irá analisar novamente as contas do ex-prefeito Clóvis Volpi (Patriota) relativas ao ano de 2012. O pedido de revisão foi aceito pela mesa diretora, que encaminhou o assunto para a Comissão de Finanças e Orçamento.
Na visão do presidente do Legislativo, o vereador Rubão Fernandes (PSD), ainda não é possível prever quando será feita uma nova votação. “Teremos que analisar com calma esse tema. A comissão está trabalhando nisso e não podemos errar novamente”, reconheceu o pessedista.
A alegação da defesa de Clóvis Volpi é que não houve prazo legal para a defesa do ex-chefe do Executivo.
Na sessão de quarta-feira, o vereador Amaury Dias (PV) apresentou requerimento solicitando informações sobre o assunto. “Como foi ventilado que teria uma nova votação das contas do (ex) prefeito Clóvis Volpi, a população está questionando quando seria. Ele é uma figura importante da cidade e da região e isso chama a atenção”, completou.
O parecer negativo do TCE (Tribunal de Contas do Estado) ao balancete de Volpi foi mantido pela Câmara por nove votos contra oito, em maio do ano passado. Na ocasião, o ex-chefe do Executivo, que concorreu à Prefeitura de Mauá em 2016, anunciou que iria recorrer da decisão.
Nos bastidores políticos do município, as informações dão conta de que o resultado apertado da primeira votação poderá motivar alterações de votos dados na primeira análise. Por outro lado, a ação do governo do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB) poderia até ampliar o placar contra o ex-prefeito.
A rejeição das contas de Clóvis Volpi levou o político a ficar inelegível por oito anos.
As contas foram consideradas irregulares pelo TCE devido à contratação de médicos em período eleitoral e pelo fato de ele ter deixado restos a pagar de cerca de R$ 23 milhões para a gestão que o sucederia, de Saulo Benevides (MDB).
Procurado pelo Diário, Volpi afirmou que enxerga o processo com “tranquilidade”. “A Câmara é um organismo político e independente e, portanto, livre para suas decisões. Sou apenas um ex-prefeito. Aceitarei tranquilamente a decisão dos vereadores”, comentou.
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