"Desde a reunião de março do Copom, o cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes", afirmou Ilan Goldfajn, em discurso na abertura do XX Seminário Anual de Metas para a Inflação, organizado pelo BC no Rio de Janeiro.
Segundo o presidente do BC, os choques externos devem ser combatidos apenas em seu impacto secundário, mas a reação da política monetária a esses choques não deve ser mecânica.
"Os membros do Comitê entendem que pode haver impactos do choque externo na economia brasileira, mas enfatizamos que é essencial entender que a política monetária não reagirá a esses impactos de forma automática, uma vez que suas implicações para a política monetária dependem da forma como o choque poderá se transmitir às expectativas, às projeções de inflação e ao balanço de riscos. Choques externos devem ser combatidos apenas no impacto secundário que poderão ter na inflação prospectiva. Portanto, não há relação mecânica entre o choque externo e a política monetária", disse Ilan Goldfajn.
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