"Tenho consciência que temos que nos aproximar das ideias do Guedes. Não 100%, mas quem sabe 95%", afirmou Bolsonaro, em sabatina promovida pela rádio Jovem Pan.
Bolsonaro foi questionado sobre se as ideias econômicas que tem defendido nessa corrida presidencial não contrastam com seu histórico parlamentar, com a defesa de visões setoriais, principalmente relacionadas às Forças Armadas, e estatizantes. O parlamentar fluminense retrucou e disse que tem "evoluído" em alguns posicionamentos e deu como exemplo sua atuação em relação à área de petróleo e gás. Em 2016, na votação que retirou a obrigatoriedade da Petrobras para operar os campos do Pré-Sal, Bolsonaro votou a favor.
O pré-candidato foi instado a falar sobre qual seria o seu plano econômico. Ele disse que concorda com um plano de privatização, mas ressaltou que determinadas coisas são "estratégicas".
"Não podemos jogar para cima tudo que temos", disse, sem citar quais áreas ou empresas continuariam sob o guarda-chuva estatal, mas destacando que mesmo que tudo fosse privatizado, como chegou a defender Guedes, o montante seria suficiente para abater apenas 20% da dívida pública.
O deputado reiterou o que disse na segunda-feira, 21, no Rio de Janeiro e defendeu uma lei trabalhista que "beire a informalidade" como forma de conter o desemprego no País. "Melhor menos direitos e mais emprego", disse ele na véspera, em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
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