Política Titulo Consórcio Intermunicipal
Desfiliação do Consórcio impactará investimentos

São Caetano e Rio Grande, que especulam saída de colegiado, são contempladas em vários projetos

Raphael Rocha
06/05/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Assim como aconteceu com Diadema, que em outubro oficialmente deixou o Consórcio Intermunicipal, eventual saída de São Caetano e de Rio Grande da Serra do colegiado regional impactaria diretamente nos projetos aos quais os dois municípios, juntamente com os demais do Grande ABC, estão inseridos. Há até projeção de investimento internacional para a região.

Tanto o prefeito são-caetanense José Auricchio Júnior (PSDB), quanto o rio-grandense Gabriel Maranhão (sem partido) evitam cravar essa possibilidade – embora não descartem. Na semana passada, Auricchio sancionou projeto aprovado pela Câmara de São Caetano que suspende o repasse de R$ 1,2 milhão ao ano para a entidade, o que tem gerado comentários sobre eventual desligamento da cidade.

O Diário apurou que técnicos do Consórcio já construíram planilha de projetos que envolvem as duas cidades. A mesma estratégia foi traçada durante o diálogo sobre a permanência de Diadema.
As duas cidades estão contempladas no Plano Regional de Mobilidade Urbana, cujo objetivo é integrar modais de transporte. O governo federal, por exemplo, liberou R$ 32 milhões para o Consórcio para confecção dos projetos básico e funcionais.

Também no campo da Mobilidade Urbana, recentemente a União autorizou o repasse de R$ 5 milhões para o projeto executivo do CCO (Centro de Controle Operacional), que irá controlar o trânsito em quatro corredores regionais prioritários no Plano de Mobilidade.

Outra aposta de investimento é a parceria com a União Europeia, por meio do IUC (Programa Internacional de Cooperação Urbana). O Consórcio firmou aliança com a cidade de Turim, na Itália, e técnicos italianos visitaram a região no fim de fevereiro para conhecer o sistema de transporte coletivo e sinalizações viárias.

O colegiado mantém ativo o Centro Regional de Formação em Segurança Urbana, com objetivo de fornecer treinamento aos guardas-civis municipais do Grande ABC. As cidades também são cobertas com o Centro de Gerenciamento de Emergências ABC – pioneiro em âmbito regional no País –, que monitora condições meteorológicas e fornece com antecedência informações da intensidade de chuvas. Dos 68 pluviômetros instalados pela entidade, cinco estão em Rio Grande.

Os municípios foram contemplados no Plano Regional de Micro e Macro Drenagem, que foi enviado ao Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), com expectativa de captação de R$ 7 milhões. São Caetano tem seis pontos de microdrenagem mapeados e outros dois de macrodrenagem. Rio Grande possui nove áreas de micro e 15 de macrodrenagem. Rio Grande também está coberto no termo de cooperação com o Estado para pagamento de parte do auxílio moradia a famílias retiradas de áreas de risco – são 11 na cidade.




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