Nos últimos dias, o BC argentino tem feito intervenções diárias robustas no mercado de câmbio, em um esforço para interromper a desvalorização do peso. Além do quadro externo, com uma trajetória de aperto monetário gradual nos Estados Unidos, que tende a apoiar o dólar, influem questões internas do país, como a posição fiscal e a elevada inflação.
Ontem, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) havia alertado que um ajuste fiscal lento poderia afetar "criticamente os níveis da dívida" do país. O BNP Paribas, por sua vez, também destacou a necessidade de um ajuste fiscal maior e alertou para o risco de que fosse necessário uma desvalorização cambial considerável. Para o BNP, outro problema é a baixa credibilidade do BC, que teria adiado ajustes necessários antes das eleições legislativas vencidas pelos governistas ligados ao presidente Mauricio Macri, em 2017.
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