Esse foi o principal tema de debate nos bastidores do 17.º Fórum Empresarial do Lide, evento que reuniu empresários, presidenciáveis e lideranças políticas em Recife entre quarta-feira e hoje.
Como acontece desde 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff rompeu com o idealizador do evento, o ex-prefeito João Doria (PSDB), o Fórum não recebeu neste ano políticos do campo da esquerda - a exceção foi o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).
Os dois casos mais emblemáticos - e que preocupam sobretudo o PSDB e o DEM - são justamente os de Pernambuco e Bahia, onde o deputado Bruno Araújo e o prefeito de Salvador, ACM Neto, desistiram de disputar os respectivos governos.
Em Pernambuco, as negociações locais caminham para a formação de um grande palanque estadual encabeçado pelo senador Armando Monteiro (PTB), que é próximo a Lula e faz elogios ao "legado" do ex-presidente no Nordeste. Nas conversas reservadas, tucanos reconhecem que o ex-governador Geraldo Alckmin tem "traços" nas pesquisas internas e não terá palanques sólidos.
"O Nordeste é o ponto forte do PT. Uma candidatura majoritária que não surfa na onda da opinião pública daqui tem um trabalho redobrado. A missão do DEM e de outros partidos de centro para chegar ao Nordeste é combater a guerra da desinformação", disse o deputado Efraim Filho (DEM-PB). Segundo ele, o "lulismo" ainda é muito forte no Nordeste, mas o petismo não. "O petismo está em decadência", afirmou o parlamentar.
Bruno Araújo também reconhece que a força de Lula é muito substancial. "A liderança exercida pelo ex-presidente Lula é um componente que tem influência na montagem do palanque e estratégia de campanha", disse Bruno Araújo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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