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Garotas também soltam pum?
Por Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
15/04/2018 | 07:00
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Todas as pessoas, entre meninos, meninas, crianças e adultos, têm capacidade de soltar pum. A habilidade pode gerar certos desconforto e embaraço em determinados momentos, mas é algo normal para o corpo humano como reação do processo de digestão da comida que passa no estômago após as refeições.

O chamado ‘flato’ ocorre quando os alimentos que chegam ao intestino são fermentados ao serem absorvidos por bactérias existentes na flora intestinal. Ele nasce a partir da utilização de produtos da alimentação, como carboidratos e glicoproteínas, e pela presença de diferentes bactérias que produzem gases diversos. Tudo se mistura com ar que engolimos ou que estão na saliva e em bebidas gaseificadas, caso do refrigerante. Ao fim, o gás segue até o fim do tubo digestivo, na espera de uma brecha, seja forçada ou não, para ser liberado. Em um adulto normal, há cerca de 200 ml (mililitros) de gás em seu intestino, chegando ao número de 600 ml ao longo do dia.

Os gases são formados, principalmente, a partir da união de nitrogênio (90% do ar expelido), oxigênio, dióxido de carbono, hidrogênio e metano. Não há um odor específico, mas o mau cheiro característico aparece quando o enxofre presente em compostos de comidas é acrescentado na mistura química. A possível relação entre cheiro com barulho ocasionado não é verdadeira.

Alguns alimentos têm ligação direta com a formação dos flatos e seus possíveis cheiros. Feijão e legumes, por exemplo, contêm carboidratos não digeríveis que são intensamente fermentados pelas bactérias do intestino grosso. Esse ‘duelo’ pode resultar em maior produção de gás.

A eliminação de flatulências pode ser voluntária ou involuntária. Frequentemente, jovens eliminam média de 14 ‘puns’ por dia, podendo chegar a 24 no mesmo período. Crianças mais novas, como as recém-nascidas, possuem constantes problemas de eliminação por causa do sistema ainda em formação total.

O processo ocorre tanto com os seres humanos quanto com outros animais, casos de cachorros, coelhos, ratos, cobras, cavalos e leões – exceto os pássaros.

Na maioria das vezes, as pessoas são capazes de controlar a liberação (ou não) do pum, mas não é muito recomendado segurar a vontade

Consultoria de Eduardo Antônio André, médico gastroenterologista integrante da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia).

Pergunta de Lucas Gimenes Plaza, 5 anos, de Santo André.
 




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