Economia Titulo Setor Automotivo
Segundo Temer, Rota 2030 deve ficar para o início de maio
Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
10/04/2018 | 07:06
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Mesmo com a previsão de reunião com representantes de montadoras para o dia 12, o Rota 2030, programa do governo federal destinado a incentivar a indústria automobilística nacional, deve sair somente em maio. Foi o que sinalizou o presidente Michel Temer (MDB) em conversa com empresários na sexta-feira em Salvador (Bahia).

O presidente participou de comemoração dos 70 anos da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia) e do Sesi-BA (Serviço Social da Indústria da Bahia) e falou sobre a definição do programa. “Aqui se mencionou a questão do Rota 2030, e estamos finalizando este tema e, logo, creio que no começo do mês que vem, nós iremos completá-lo e aprová-lo de uma vez. É uma questão que favorece muito o setor automotivo e que dá muita pujança para o nosso País”, disse Temer, no discurso.

A expectativa é que o Rota dê previsibilidade para que as montadoras possam ampliar investimentos no País no médio e longo prazos. Isso porque, com incentivo fiscal, as fabricantes de veículos têm estímulo para apostar em melhorias nas áreas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), questões energéticas e segurança.

O programa era aguardado para substituir o Inovar-Auto, programa de incentivos que acabou em dezembro. Com previsão inicial de aprovação após o Carnaval, no entanto, o projeto ainda não saiu do papel. Acredita-se que ‘queda de braço’ entre o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e o Ministério da Fazenda acerca dos incentivos tenha colaborado para o atraso.

Informações de bastidores apontam que a solução encontrada pelo governo para conceder incentivos à P&D de R$ 1,5 bilhão por ano devem ser abatidos em qualquer imposto federal somente nos três primeiros anos. Passado este período de transição, as montadoras seriam incluídas na Lei do Bem, criada em 2005 para incentivar o desenvolvimento de tecnologia nacional, e o desconto seria permitido sobre o IR (Imposto de Renda) e a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Porém, ainda não se sabe qual será o formato final a ser aprovado.

Questionados sobre o programa, a Casa Civil e o Ministério da Fazenda não se posicionaram até o fechamento desta edição. O MDIC disse que não iria comentar.<TL>
 




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