Política Titulo Editorial
Lixo sem fim
Do Diário do Grande ABC
08/04/2018 | 09:31
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Entra ano, sai ano e aumenta a preocupação no Grande ABC com a destinação do lixo produzido pelos moradores das sete cidades, diante de informações de especialistas de que as áreas destinadas ao armazenamento de resíduos sólidos estão à beira do colapso.

Reportagem publicada nesta edição aponta crescimento na geração de lixo nos últimos seis anos. Em 2010, eram produzidas diariamente 1.985,5 toneladas. Já em 2016 foram 2.819,93, tendo em vista também o aumento populacional de 7,27% no período.

Não bastasse a alta, a situação torna-se crítica pelo fato de os locais utilizados para armazenamento dos resíduos sólidos terem vida útil estipulada em até sete anos. Sete anos!!! Na região há apenas dois aterros sanitários – um municipal, em Santo André, que recebe o lixo da cidade, e outro, particular, em Mauá, para onde são levados resíduos do município, além do material produzido em Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo, São Caetano e São Vicente, no Litoral de São Paulo.

A simples ampliação dos aterros, ideia estudada pela Prefeitura de Santo André para prolongar a vida útil de seu espaço, é vista com ressalvas pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, que cobra medidas mais eficazes – além de maior investimento por parte do poder público – para tentar minimizar o problema.

Pesa na questão o fato de as prefeituras pagarem, em média, R$ 9,90 por pessoa, por mês, para as empresas fazerem o serviço de limpeza urbana, quando estudo realizado pela entidade indica a necessidade de investirem ao menos R$ 16 por cidadão mensalmente para execução do trabalho com eficiência. Isso sem contar a inadimplência de algumas administrações.

É preciso conscientização dos governantes e também da população quanto à gravidade da situação. Caso contrário, é grande o risco de, em poucos anos, as sete cidades ficarem sem destinação – na região – para os seus resíduos, o que as obrigaria a levar para municípios mais distantes, fato que elevaria os custos. 




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