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Restaurantes projetam alta de 15% na Páscoa

Expectativa para o feriado, no próximo fim de semana, baseia-se na retomada gradual da economia

Flavia Kurotori
Especial para o Diário
27/03/2018 | 07:28
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Claudinei Plaza/DGABC


A Páscoa, celebrada no próximo fim de semana, deve gerar aumento de 15% na procura dos restaurantes no Grande ABC, se comparado à mesma data em 2017. A estimativa é do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) e baseia-se na retomada gradual da economia.

“As datas comemorativas no geral são ótimas oportunidades para o setor”, avalia Roberto Moreira, presidente da entidade. “Neste primeiro trimestre, já notamos melhora em relação ao ano passado. Se o ano terminasse em junho, nosso crescimento seria em torno de 4,5%”, afirma, ao destacar que eventos como a Copa do Mundo e as eleições podem afetar a projeção.

Outro fator que contribui ao otimismo é o valor gasto pelos clientes. “No Dia dos Namorados, por exemplo, se tem apenas um casal por mesa. Já a Páscoa é uma celebração familiar, em que as pessoas estão em maior número e, portanto, aumenta o tíquete médio por mesa”, explica Moreira, sem estimar valores.

Eduardo Kayo, proprietário do restaurante Garoupinha, em Santo André, espera expansão de 15% no movimento da Páscoa, em relação ao ano anterior, por conta da retomada do movimento nos últimos meses, devido à melhora na economia. Ainda, o fato de o estabelecimento ser especializado em peixes e frutos do mar contribui para a alta procura na Semana Santa, que começou no Domingo de Ramos.

Kayo observa que o perfil dos clientes é diferente durante o feriado. “Nos dias normais, o pessoal vem com os amigos para comer aperitivos, mas, na Páscoa, o volume de famílias aumenta e elas procuram refeições completas”, conta. Por este motivo, o tíquete médio é superior, assim como a procura por bacalhau. São oferecidos dois tipos: à Lagareiro e ao Zé do Pipo. O atendimento será feito por ordem de chegada.

Também confiante, o andreense Berlusconi Bar e Griglia visa crescimento de 50%, se comparado a 2017. No entanto, a alta se dá por conta da consolidação da casa na cidade. “Estamos há um ano e seis meses funcionando, então as pessoas vão nos indicando. No ano passado, nossa clientela era menor porque tínhamos inaugurado havia poucos meses. E, agora, também contamos com a melhora na economia”, salienta Denis Lasredo, sócio-proprietário do restaurante.

Ainda que conte com opções de peixes no cardápio, a aposta está nas massas tradicionais e, para o domingo, o filé à parmegiana. O tíquete médio é de R$ 95 por pessoa, dependendo da bebida, e não é necessário reservar.

Mais cauteloso, o Restaurante 7 Mares, em São Caetano, espera manter a procura do ano passado, porém, vale destacar que o período da Quaresma já faz com que o movimento aumente cerca de 25% e, na Sexta-Feira Santa, a quantidade de clientes chega a ser 50% maior do que em um dia normal. “Esta é a melhor época do ano para nós, sempre temos boas expectativas”, afirma Simon Calcin, proprietário e chef do estabelecimento.

No local, é possível comer tanto no sistema à la carte quanto no self-service, que irá contar com mais de 70 opções de pratos, entre eles, bacalhau, salmão e paella. Segundo Calcin, o tíquete médio por pessoa é de R$ 70, variando de acordo com a bebida escolhida, e o atendimento será por ordem de chegada.

Embora esta também seja a melhor época do ano para o são-bernardense Bacalhau e Vinho Verde, a expectativa é de manutenção do movimento em relação a 2017. Para atender à alta demanda, a proprietária Izabela Florentino Pereira adapta as duas unidades da rede que operam como empório para funcionar como restaurante no feriado.

Em média, cada pessoa gasta R$ 50 no local, oscilando conforme a bebida, sendo o carro-chefe o bacalhau a Gomes de Sá. Para almoçar no local durante o feriado é preciso reservar até quinta-feira.


Mercados esperam vender 30% mais

Em uma Páscoa com sinais de retomada do consumo, os super e hipermercados esperam alta de até 30% nas vendas se comparado a 2017, como é o caso do GPA (Grupo Pão de Açúcar), que inclui o Extra e o Pão de Açúcar, em relação aos chocolates – tanto ovos quanto barras de chocolate e itens de bomboniere.

Na rede, a expectativa é de crescimento de 10% na procura por peixes e 15% no setor de vinhos.

Já o Walmart visa expansão de 15% na comercialização de pescados e 5% nas vendas de chocolates. A empresa destaca que o período da Quaresma faz com que a procura por peixes suba 40%, enquanto que na Semana Santa, a demanda é 70% maior em relação às demais semanas.

A Coop – Cooperativa do Consumo espera aumento de 5% nas compras de todos os produtos pascais.

FACILIDADE - Os clientes que possuem Cartão Extra podem parcelar as compras em até dez vezes, sem juros. No Pão de Açúcar, é possível dividir em até três parcelas. No Walmart, é permitido pagar em até oito meses, enquanto que, na Coop, cooperados podem parcelar em até dez vezes e, consumidores com outras bandeiras de cartão, até em seis sem juros.

A reportagem também questionou o Carrefour e o Sonda, que não se posicionaram até o fechamento desta edição.
 




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