Seu negócio Titulo Análise
Dia da Mulher: o que o Brasil pôde comemorar
Simpi
21/03/2018 | 07:14
Compartilhar notícia


Instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1977, o Dia Internacional da Mulher é celebrado oficialmente em 8 de março. A luta histórica por igualdade de gêneros, contudo, remonta tempos bem mais antigos, inclusive anteriores ao icônico episódio em que, num incêndio em uma tecelagem nova-iorquina, 130 operárias perderam a vida em 1911. “De lá para cá, as mulheres conseguiram superar muitos desafios, obtendo muitas conquistas sociais, econômicas e políticas. Porém, ainda faltam muitos obstáculos a serem vencidos”, afirma Adriana Carvalho, gerente da ONU Mulheres no Brasil, agência das Nações Unidas criada com o objetivo de unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais, em defesa dos direitos humanos das mulheres.

De acordo com o ranking de 2017 do Fórum Econômico Mundial, que analisa a igualdade entre homens e mulheres em 144 países, o Brasil está na 90ª posição, atrás de muitos dos seus vizinhos latino-americanos. “Embora o nosso País seja uma das dez maiores economias do mundo, o quinto em população e tido como um País liberal e avançado, essa classificação ruim se deve muito em razão da escassa participação das mulheres na política nacional, o que empurra o índice do Brasil para baixo”, explica a economista que, mesmo assim, ressalta que tivemos alguns avanços. “Como destaque positivo, o Brasil foi o único País da América Latina a eliminar a desigualdade entre homens e mulheres na área de Educação. Na Saúde, a diferença também está próxima do fim, além de modestas melhorias em termos de paridade econômica entre homens e mulheres”, esclarece.

Por fim, a especialista diz que, quando se fala da mulher empresária e empreendedora, podemos sentir orgulho. “Elas empreendem bastante no Brasil, principalmente nos estágios iniciais, em que são muito similares aos homens”, explica ela, acreditando nesse caminho para diminuir as diferenças. “Convido todos a continuarem apostando no empreendedorismo das mulheres, porque tenho certeza que isso fará bem para nossa sociedade”, conclui Adriana.

Superavit na balança comercial

De acordo com os dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços), depois de o Brasil registrar um superavit recorde de US$ 67 bilhões na balança comercial (diferença entre exportações e importações) em 2017, neste ano já tivemos um janeiro com o maior saldo para o mês em 12 anos e, também, fechamos fevereiro com o melhor resultado positivo para o mês desde 1989. Isso significa que as exportações (vendas) foram em maior valor do que as importações (compras), resultando em maior entrada de divisas para o País, que servirão para investir no próprio sistema econômico. “Trata-se de uma notícia animadora”, afirma o consultor Roberto Luís Troster, ex-economista chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Segundo ele, esse superavit está composto por commodities, como a soja e o minério de ferro, que, nas exportações, tiveram incremento a uma taxa de 25% ao ano e, também, pela exportação de bens manufaturados e semimanufaturados, que cresceram 10% ao ano. “Os principais responsáveis por esse resultado positivo são: China, que está demandando mais produtos básicos; e Argentina, que começou a crescer após profunda recessão, exigindo mais produtos manufaturados do Brasil”, explica Troster. “Contudo, embora o cenário se apresente animador, o mercado estima que, em 2018, teremos superavit menor que 2017, motivado principalmente pela recuperação da economia nacional, que reativa o consumo e as importações.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;