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Palavra do leitor
Por Do Diário do Grande ABC
18/03/2018 | 11:13
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A Secretaria do Estado da Cultura iniciou discussões para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. A antecipação justifica-se por ser a semana um dos mais importantes eventos culturais de São Paulo e do Brasil, que revelou a sintonia do País com obras de vanguarda e com a efervescência do pensamento de um mundo que ainda absorvia as consequências da Primeira Guerra Mundial. Outra data fundamental para o Brasil que será comemorada em 2022 é o Bicentenário da Independência. Não é difícil, portanto, prever a relevância que este ano terá nos calendários brasileiro e paulista.
Da Semana de Arte Moderna, que teve como local o Theatro Municipal de São Paulo, participaram artistas e pensadores cuja importância seria sentida no País ao longo de todo o século 20: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Villa-Lobos, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia e Graça Aranha, entre outros. Tarsila do Amaral, que passou a integrar o movimento após a Semana de 22 e tornou-se ícone do modernismo brasileiro, também norteará, evidentemente, nossos trabalhos. É em homenagem a 1922 e a esses participantes que a Secretaria do Estado da Cultura se propõe a, desde agora, pensar eventos que estejam à altura da efeméride que se aproxima. Por isso, no primeiro semestre de 2018, temos a missão de planejar encontros com esta finalidade. Para tal, instituí comissão para elaborar projeto de comemoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna, com integrantes de diversos setores da sociedade.
Dia 26 de fevereiro, a comissão deu início ao planejamento do centenário: realizou encontro com o escritor Ricardo Ramos Filho, neto de Graciliano Ramos, que conversou sobre a semana, no auditório da Secretaria da Cultura. Também criamos hotsite (http://www.cultura.sp.gov.br/centenariomodernista/) para divulgar informações sobre os eventos da comissão. Porém, mais do que apenas comemorar o feito daqueles grandes artistas, queremos resgatar seu espírito visionário e propor a ousadia de buscar a inquietação estética que os movia. Queremos olhar o passado para pensar nosso futuro, nos diversos setores da cultura e do pensamento, seja em manifestações presenciais, seja em suportes digitais e virtuais.
Com esses encontros, a secretaria terá o compromisso de pensar a arte contemporânea brasileira, sua diversidade e seus possíveis caminhos para o século 21. O que nos representa culturalmente? Que pensamentos fundamentam a criação? Que novas rupturas já estão sendo ou deverão ser feitas? Como as novas tecnologias dialogam com a produção cultural? Como esta arte chega ao público? Estas são algumas questões que podem nortear esse importante debate.

José Luiz Penna é secretário do Estado da Cultura. 

PALAVRA DO LEITOR

Américo Del Corto

 Com grande pesar tomei conhecimento do falecimento do senhor Américo Del Corto, músico, maestro, escritor e professor de Ribeirão Pires (Setecidades, dia 16). Aprendi a admirá-lo por meio dos seus comentários simples e cheios de sabedoria nesta coluna Palavra do Leitor. Autor do hino de Ribeirão Pires e também da AA Industrial de Mauá, em parceria com Carlos Binder, passei a admirá-lo ainda mais. Dono de alma sensível e competente em tudo o que fez, deixa legado em prosa e verso à cidade, que tanto amou, e que jamais será esquecido. 

Eunice Gallo

São Caetano

Tolerância zero  

 Tolerância zero, com pena capital a assassinos, estupradores e sequestradores. O crime é como o câncer. Se descoberto e combatido no início a chance de vencê-lo é grande. Caso contrário vira metástase, tornando a cura impossível. É o que aconteceu no Brasil. Nossos políticos, corruptos, egoístas e hipócritas, desde o início levaram tudo com a barriga. Nada fizeram nem vão fazer. É tudo balela. A intervenção militar no Rio pedida pelo presidente não eleito é mais um ato político, acontecendo porque é ano de eleição e querem nosso voto. Tentam nos enganar mais uma vez. Depois de reeleitos e dessa encenação dispendiosa, os militares deixarão as ruas e tudo será como dantes no quartel d’Abrantes. Aqui em São Paulo o rapa vem, os camelôs somem; o rapa vai, os camelôs voltam. E nada muda. Necrosou!

Nilson Martins Altran

São Caetano

Reforma

 No início do mandato, em 2017, o prefeito de São Bernardo anunciou que iria promover reforma administrativa (até agora nada). A medida incluiria a adequação e readequação da estrutura da administração, inclusive com cuidados com secretarias – de trânsito e transporte, de administração, do trabalho e de Cultura. Foi pensada a questão das assessorias especiais dos portadores de deficiência, de política antidrogas e da juventude? O prefeito também disse que o entrave para as mudanças era a necessidade de ajuste financeiro do Paço. Na Câmara, apenas o silêncio e a expectativa de receberem a reforma. Na verdade, pode ser observada frustração devido ao não atendimento de cargos aos apoiadores da eleição vencida pelo prefeito, que faz vistas grossas quanto à manutenção de pessoas pertencentes à gestão passada, inclusive de alguns vereadores da tida oposição. A coisa está feia. 

Luizinho Fernandes

 São Bernardo

Vereadora – 1 

 Com todo respeito à memória da vereadora morta no Rio de Janeiro, à dor da família e à indignação da sociedade, mas tudo o que a esquerda precisava para sair ‘gritando’ era isso: um cadáver. Também não vi a mesma vociferação quando do fuzilamento da juíza Patricia Acioli, nas mesmas circunstâncias.

Nelson Mendes

 São Bernardo

Vereadora – 2

 Desde os primórdios da humanidade o crime é abominado por todos de bem e punido pelas leis vigentes. O Brasil enfrenta já há algum tempo onda de crimes das mais diversas índoles e a população passou a exigir atitudes do governo para mudar a situação, que começaram a ser implementadas com a intervenção militar na Segurança do Rio. Em sentido inverso, políticos de esquerda se opõem fervorosamente à nova ordem, inclusive a vereadora vítima fatal ocupou boa parte de sua oratória combatendo as operações policiais nas comunidades cariocas. Ninguém em sã consciência pode concordar com o crime, mas também não concorda que se use sangue de vítimas para fazer política e para desmontar estrutura construída na intenção de eliminar a insubordinação às leis, seja de quem for.

Ruben J. Moreira

 São Caetano




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