Palavra do Leitor Titulo Artigo
Mauá e a dívida pública
Por Do Diário do Grande ABC
12/03/2018 | 16:16
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Artigo

Desde a instalação do núcleo colonial até os desdobramentos do movimento autonomista, São Caetano, a seu modo, vivenciou o complexo processo da urbanização industrial e soube enfrentar os desafios que lhe foram colocados. Nos últimos 30 anos, a globalização e a reestruturação produtiva regional obrigaram o município a se reinventar, criando novos usos para as plantas industriais e oferecendo incentivos também ao setor de comércio e serviços.

Assim, frente à tarefa de pensar o sentido do desenvolvimento do município, idealizamos, em parceria com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano), o Seminário Arquitetura e Cidade: Desenvolvimento Sustentável e Qualidade do Espaço Público no Grande ABC, a ser realizado dia 15. Conforme o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e apesar das dificuldades econômicas recentes, São Caetano permanece referência nacional em desenvolvimento humano. O município conta com território inteiramente urbanizado, cobertura total de serviços de saneamento, índices significativos em Educação e Saúde, boa oferta de atividades culturais e esportivas, e políticas voltadas ao envelhecimento saudável. Tais aspectos contribuem para a formação de ampla e consolidada rede de proteção social, em prol do exercício pleno da cidadania.

Entendemos, porém, que o ideal está longe. A cidade precisa desenvolver alternativas para a qualificação urbana e ambiental do espaço público, enfrentando os gargalos locais da verticalização, da mobilidade e do deficit habitacional, sem falar nos efeitos das mudanças climáticas globais, que põem em xeque nosso futuro.

A construção de uma cidade inteligente e sustentável, vencendo tais entraves, requer esforço conjunto de reflexão e diálogo entre o setor público e a sociedade civil.

Gratuito e aberto a todos, o seminário reunirá diversos atores que constituem o espaço urbano, incentivando a participação nos assuntos públicos e promovendo a ideia de cidade construída para as pessoas. A programação contempla diferentes painéis temáticos, compostos por autoridades, professores e especialistas, encerrando-se com a aula magna do curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS.

Faço convite a quem se interessar: será no Teatro da USCS (Avenida Goiás, 3.400), dia 15, das 9h às 20h30. Os sites da Prefeitura e da universidade informam a programação e recebem inscrições (www.saocaetanodosul.sp.gov.br e www.uscs.edu.br).

Enio Moro Júnior é doutor em Arquitetura e Urbanismo, secretário municipal de Obras e Habitação de São Caetano, integrante do Conselho Gestor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS e professor do Centro Universitário Belas Artes.

Palavra do leitor

Prova de vida
Considero ser absurdo total e mesmo falta de respeito com o segurado aposentado a obrigatoriedade por parte do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de este ter que pedir anualmente a prova de vida por meio de agência bancária. Entendo eu que, sendo a certidão de óbito um documento legal, expedido pelo cartório de registro civil, este deveria comunicar ao INSS on-line os eventos (óbitos) ocorridos. Cravo aqui meu protesto e indignação e mesmo a total falta de respeito com o aposentado a manutenção do atual sistema.
Osíris Darre
São Caetano

Reta final
Na condição de funcionário da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Bangu, em Santo André, há 12 anos, informo que estamos na reta final da reforma de nossa unidade de Saúde, prevista para o mês de aniversário da cidade. Destaco o bravo empenho do prefeito Paulo Serra, juntamente com a equipe da Saúde, da engenheira Fabiana Agnelo, os senhores Roberto, Camila M. Gemenes e Reginaldo e muitos outros que, irmanados, abraçaram essa causa na busca para que o munícipe seja contemplado com atendimento digno de muitos elogios e a melhor avaliação técnica. Não poderia deixar de registrar meus agradecimentos a todos que contribuíram para a reforma geral da UPA. Parabéns a todos. Juntos somos muito mais fortes.
Edson Campelo
Santo André

Cultura
Cultura, retrato de um povo. Sou um dos muitos sonhadores e lutadores pela criação da secretaria de Cultura de São Bernardo. Mas tenho certeza de que ninguém imaginava que um dia esta sonhada secretaria iria servir de instrumento para eliminar importantes espaço e eventos de ações culturais em nossa cidade, como, por exemplo, o admirado e importante espaço de arte pinacoteca e outros. Espero em Deus que isso não aconteça, porque, do contrário, estaremos diante de ato de falta de conhecimento da vida humana como Nação.
Ditinho da Congada
São Bernardo

Amigos
Sobre a relação entre Lula e FHC, percebo uma solitária exceção: em seu primeiro mandato, Lula preservou e até ampliou por algum tempo as principais diretrizes econômicas e sociais do programa tucano. FHC sempre via Lula e o petismo como subprodutos de seu próprio projeto para o Brasil e para o continente. Há diferenças, por certo, entre ambos. E a maior delas é de natureza psicológica. Lula gostaria de ter sido FHC e este gostaria de ter sido Lula. Aquele nutre indisfarçável sentimento de inferioridade em relação ao tucano. Este se constrange com a própria superioridade intelectual e gostaria de ter sido líder popular. FHC trocaria tudo pela capacidade de agitar as massas em um comício de operários do Grande ABC. Não se surpreenda. As relações entre FHC e Lula produziriam excelente conteúdo para drama recheado de conflitos shakespearianos. Ou para análise de caso em doutorado em psicologia. Por essas diferenças essenciais entre as duas personalidades os tucanos perderam quatro eleições consecutivas para o PT. E FHC jamais se empenhou por seu partido nem deixou de lado, a cada derrota, o sorriso e a bonomia. Quando da queda de Dilma, ele quase emprestou solidariedade. Lula enfrenta a espada da Justiça e FHC se manifesta sinceramente penalizado. Se Lula sair da cena política, FHC se sentirá viúvo pela segunda vez. Que vergonha, PSDB!
Luizinho Fernandes
São Bernardo

UPAs
Muitos municípios, com o financiamento do governo federal, aceitaram construir suas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), afinal, construções engordam os olhos e os bolsos dos maus gestores, que sofrem do fetiche do tijolo. Fora os superfaturamentos das obras, atrasos, desperdícios em geral, existe problema ainda maior: sua manutenção. Construir é fácil! O difícil e arcar com as despesas da UPA. Apesar de haver financiamento federal, a maior parte dos gastos acaba ficando com o município. A saúde deveria ser financiada pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), no entanto a maior carga recai sobre os municípios. Isso explica o fato de muitas UPAs estarem desativadas. A saída seria devolver as unidades ao governo federal, mas para isso é preciso devolver os recursos recebidos. Então, que se flexibilize o uso das UPAs, mesmo que para tanto seja necessária a aprovação de projeto de lei nesse sentido. São Caetano encontra-se nessa situação, e terá de devolver dinheiro recebido do governo federal utilizado na construção da UPA do município.
Roberto Canavezzi
São Caetano

Maldade
Se a diretoria do Santo André não tivesse agido por pura maldade, teria trocado o técnico no máximo na quinta rodada, quando o desastre já estava anunciado. Prejudicou não só a cidade, mas também os jogadores, que são seres humanos e acreditaram que estavam empregados em time sério. Agora estão carimbados como fracassados. Analisar o que aconteceu com o Santo André neste ano sob a ótica de futebol seria muita ingenuidade. É caso de CPI. Quem acha que só falo de futebol em momento que o País está atolado em corrupção, esclareço que isso não tem nada a ver com futebol e sim com falcatruas que não acontecem só em Brasília. A limpeza tem que começar no quintal de nossas casas. Os crimes de abusos com dinheiro público estão acontecendo nas cidades, embaixo do nosso nariz. Com a palavra, autoridades de Santo André.
Donizete A. Souza
Ribeirão Pires
 




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