"Embora o ciclo eleitoral ainda esteja no início, a falta de apoio substantivo a um candidato favorável ao mercado, a natureza fragmentada do cenário eleitoral, a redução da confiança nas instituições e as investigações em curso de Lava Jato significam que os riscos relacionados ao ciclo eleitoral não podem ser desconsiderados", listou a agência.
A agência disse que não aposta que a eleição termine com a vitória de um candidato populista e favorável a mais intervencionismo estatal, mas reforçou que a incerteza política vai persistir, com a força e o ritmo do ajuste econômico e fiscal podendo variar a depender do candidato vencedor e do apoio que ele terá no Congresso.
"Uma forte liderança política com governabilidade seria importante para avançar nas reformas, para apoiar a confiança, aumentar o crescimento e reduzir as preocupações com a sustentabilidade da dívida pública a médio prazo", defende a Fitch.
A agência também disse que pesou na sua decisão de rebaixar o Brasil a recente discussão em torno da chamada "regra de ouro", que proíbe a emissão de dívida pública para cobrir gastos correntes. "Isso indica que o compromisso com regras fiscais autoimpostas é fraco."
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