É muito difícil definir com precisão qual foi o primeiro país a aparecer no mundo. Japão e China sempre surgem em pesquisas relacionadas ao tema por causa de sua vasta história ao longo do tempo, mas muitos estudiosos apontam a República de San Marino, na Europa, como a nação mais antiga. Sua fundação tem registros antigos do século 3, por volta de 301 d.C. (depois de Cristo), chegando ao aniversário de, mais ou menos, 1.717 anos nesta temporada. Para se ter uma ideia, o Brasil foi descoberto em 1500, celebrando 518 anos em 22 de abril.

Localizado entre as províncias de Emilia-Romana e Marcas, na Itália, o país tem apenas 61 quilômetros quadrados – em comparação, a Rússia tem a maior dimensão do planeta, com pouco mais de 17 milhões de quilômetros quadrados, e o território brasileiro chega a cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão. Por volta de 32 mil habitantes vivem no local, conhecido por ser um dos mais ricos do mundo e que atrai a atenção de muitos turistas. Acordo firmado no ano passado diz que San Marino será o primeiro país da Europa a ter internet móvel de quinta geração (5G), o que deve ocorrer até o fim de 2018.

Para a formação oficial de um país é necessário ter: população permanente em determinada área, leis e regras montadas para normatizar a vida dos moradores, governo local determinado, uma constituição regulamentada (sendo ela democrática, republicana ou até mesmo anarquista), fronteiras delimitadas com outras áreas e reconhecimento de sua existência pela comunidade internacional.

Hoje em dia já não existem ‘espaços vagos’ no planeta que podem ser transformados em países. A nação mais recente a aparecer é o Sudão do Sul, com independência conquistada em 2011 diante do vizinho Sudão, ambos localizados no Nordeste da África. No segundo semestre do ano passado, a região da Catalunha (cuja cidade principal é Barcelona) foi movimentada por ações em desejo de se separar do restante da Espanha, na Europa, para ser outro país, mas o plano não deu certo.

Pergunta de Letícia da Costa Porfírio, 11 anos, de São Bernardo.

Consultoria de Rodolfo Pereira Chagas, professor de Geopolítica do curso de Jornalismo do Complexo Educacional FMU, de São Paulo.