Esportes Titulo Com apenas 21 anos
Erik Bessa faz história no futebol da região ao defender quatro camisas

Atacante iniciou no Sto.André, passou pelo S.Caetano, Grêmio Mauaense e hoje está no EC São Bernardo

Dérek Bittencourt
23/02/2018 | 07:00
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Montagem/DGABC


Ele tem apenas 21 anos, mas pode dizer que tem bastante rodagem na carreira. Ao menos no Grande ABC, o atacante Erik Bessa tem história. Existem casos de jogadores que já defenderam dois ou três clubes da região, mas o baixinho paulistano do Jardim Robru, em Guaianases, alcançou o feito de vestir quatro camisas de equipes das sete cidades.

O início foi na base do Santo André, de 2011 a 2013. Depois, antes de se profissionalizar, seguiu rumo ao São Caetano, no qual ficou duas temporadas. Em 2016, foi emprestado ao Grêmio Mauaense, já na equipe principal. Desde o ano passado, defende o EC São Bernardo, pelo qual foi peça fundamental na conquista do acesso à Série A-3 e hoje é um dos destaques, tendo participado de nove dos 11 jogos do Cachorrão até aqui.

O atacante chegou ao Ramalhinho para avaliação em 2011. Antes disso, apenas treinava em escolinhas da Capital – a do Brasil, na Vila Curuçá, e Projeto Relâmpago, no Jardim Helena. Depois de aprovado, passou três temporadas pelos lados andreenses e, em 2013, foi o atleta mais jovem da equipe que disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior, aos 16. Fez dois jogos naquela competição e despertou interesse do Cruzeiro, para o qual se transferiu para atuar na base. Porém, não durou muito tempo na equipe mineira e logo voltou ao Grande ABC, desta vez nos juniores do São Caetano. Após participar de dois Paulista Sub-20 e duas Copinha, vivia e expectativa de ser alçado ao profissional.

Entretanto, sua primeira experiência nesta condição foi no Mauaense, em 2016. As atuações na Locomotiva despertaram atenção do Catanduvense, no qual teve breve passagem. Mas foi no EC São Bernardo, no ano passado, que conseguiu o grande momento da carreira, ao ajudar na campanha do vice-campeonato. Esta situação o fez seguir nos planos do técnico Ricardo Costa, de quem é um dos homens de confiança.

Aliás, gratidão, respeito e admiração resumem o que sente pelo treinador. “Me sinto grato por ter renovado meu contrato, por estar entre esses nove que continuaram (de 2017 para 2018). Ele trabalha um futebol moderno. É professor que estuda demais, independentemente de a gente estar em divisão abaixo, ele nos passa futebol bonito de se ver, quer posse de bola, se perder, pressiona para roubar. E com a chegada de jogadores experientes, cascudos, rodados e da divisão, com certeza vamos brigar para subir à Série A-2”, destaca. “Trabalhei para que essa oportunidade aparecesse e estou procurando aproveitar da melhor forma possível para ajudar meus companheiros a buscar nosso objetivo, que é o acesso.”

Segundo o próprio Bessa, cada time da região reserva um capítulo e um sentimento em sua história. “Me sinto um privilegiado por ter vestido camisa de quatro clubes do Grande ABC e feliz por ter o trabalho reconhecido na região”, diz. “Tenho carinho pelo Santo André, que é meu primeiro clube. No Mauaense também me dei bem, pelo qual joguei pela primeira vez no profissional. E no São Bernardo foi onde aconteceu o que eu sonhava, a melhor parte da carreira até agora, que foi o acesso. Pude ser reconhecido pela diretoria e comissão e renovar para este projeto que eles têm, que é continuar pelo menos na A-3, mas, se Deus quiser, chegar a mais um acesso”, afirma o atacante. “No São Bernardo aconteceu tudo o que um jogador espera: acesso, alegrias. Marquei história em cada um dos que passei. Sou muito honrado e grato a tudo o que aconteceu na minha carreira”, emenda.

OUTROS CASOS

Se vestir quatro camisas de equipes do Grande ABC é um fato raro, defender três times também não é tão comum assim. Talvez o jogador de maior destaque com tal currículo seja o ex-zagueiro Luís Pereira. Primeiro, defendeu o Santo André, em 1986 e 1988. Depois, teve duas passagens pelo São Caetano, logo nos primórdios do clube, entre 1990 e 1992, e depois em 1997. Já em 1993, vestiu a camisa do EC São Bernardo.

Mais recentemente quem viveu esta situação foi Renato Peixe. O lateral-esquerdo jogou duas vezes no São Bernardo FC, em 2008 e 2009, e posteriormente em 2011 e 2012. Já em 2014 e 2015 esteve no Santo André, que o emprestou ao São Caetano. Hoje em dia, ele retornou ao Tigre, no qual desempenha a função de auxiliar técnico. Quem também defendeu este mesmo trio foi o ex-meia Michael, que esteve no Azulão em 2002, no São Bernardo em 2013 e no Ramalhão em 2014 e 2015. 




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