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Três projetos de escolas da região são finalistas de feira de ciências estadual

Premiação de fomento a iniciativas científicas será realizada em maio

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
22/02/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Insatisfeitos com a temperatura da água dos bebedouros da EE Faustino Pinheiro da Silva, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, em São Bernardo, estudantes do Ensino Fundamental criaram galões com isolamento térmico para garantir que o líquido permaneça fresco. O projeto, criado por alunos com idade entre 12 e 13 anos, é um dos três finalistas do Grande ABC na quinta edição da Feira de Ciências das Escola Estaduais de São Paulo.

Conforme os estudantes Gabriela Araújo, 12 anos, e Victor de Barros, 13, a ideia de reutilizar materiais para produzirem galões com isolamento interno térmico surgiu da percepção de que o reservatório de água da escola fica exposto ao sol. “É uma oportunidade de ajudar a escola e um projeto para comunidade”, comenta Gabriela. O trabalho foi abraçado pela coordenadora Flávia Martin, que orientou a dupla. “Eles utilizaram galões, papel e plástico. Acompanhei e auxiliei e eles fizeram a montagem”, diz. O produto já está sendo utilizado pela comunidade escolar.

Já na EE Educador Pedro Cia, no Parque Miami, em Santo André, os amigos Fausto Lucas de Lima, 17, e Daniel Dantas, 17, produziram um enxaguante bucal feito à base de barbatimão, planta medicinal utilizada na região Nordeste do País. A ideia foi inspirada na avó de Fausto, que fazia uso do vegetal para curar machucados. “Fomos atrás de fontes na internet, de livros e de pesquisas. O poder de cicatrização, de limpeza e de clareamento foi determinante”, diz o neto orgulhoso. “Primeiro fizemos a essência, a partir da casca, que ajuda a não criar pus e mata as bactérias”, completou Daniel, que deseja cursar Engenharia Química.

Outra instituição de São Bernardo que participa da final é a EE Julieta Vianna Simões Sant’Ana, na Vila Rosa. Os alunos Matheus Alexandre Oliveira, 15, e Lucas Santana, 15, projetaram monitor cardíaco para cães. O aparelho pode ser transmitido por aplicativo via internet. “O cachorro de um colega nosso tem arritmia cardíaca e ele sempre se preocupa quando o animal faz atividades físicas. Então pensamos em fazer esse sensor”, observou Matheus, que sonha em cursar Engenharia Aeroespacial.

A premiação, em maio, destacará iniciativas científicas em duas categorias: júnior (6º ao 8º ano do Ensino Fundamental) e master (9º ano do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio). A final contará com 30 projetos de todo o Estado.

A iniciativa busca familiarizar estudantes com a iniciação científica e conscientizar sobre a importância de projetos em áreas diversas, conforme a Secretaria da Educação do Estado.

 




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