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Campanha de vacinação contra a febre amarela é estendida até dia 2

Apenas 36% do público-alvo da região recebeu proteção recomendada desde 24 de janeiro

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
20/02/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Com índice de vacinação de apenas 36% do público-alvo no Grande ABC, a Secretaria Estadual da Saúde decidiu prorrogar até o dia 2 de março a campanha de vacinação contra a febre amarela. Entre as sete cidades, 1,5 milhão de moradores ainda precisam se proteger contra a doença, causadora de duas mortes na região e de outras três contaminações, sendo uma autóctone, contraída em São Bernardo.

A orientação aos municípios é a de que sejam intensificadas ações direcionadas aos moradores de áreas próximas de matas, explica a diretora de Imunização da secretaria, Helena Sato. “Além da vacinação nas unidades de Saúde, também é importante a realização de vacinação porta a porta ou em sedes localizadas em áreas periurbanas, como condomínios ou parques”, orienta.

A preocupação se dá pelo observado receio em relação às possíveis reações da vacina entre a população, o que tem contribuído para a baixa adesão à campanha. “É importante deixar clara a importância da imunização. Estamos falando de uma vacina excelente, com risco de evento adverso de um caso para 1 milhão. No entanto, de 25% a 30% das pessoas infectadas pela febre amarela evoluem para quadros de gravidade”, ressalta Helena.

Entre as sete cidades, São Bernardo foi a primeira a realizar imunização nas residências, após registro de caso autóctone da doença. “Vamos ampliar a vacinação casa a casa. Iremos colocar diversos profissionais na rua para atender toda a demanda. Se as pessoas não vão até a vacina, nós vamos até elas”, enfatiza o secretário de Saúde da cidade e coordenador do GT (Grupo de Trabalho) relacionado ao tema no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Geraldo Reple. Até o momento, 310,2 mil moradores da cidade receberam a proteção, 44% da meta.

Em Santo André, foram imunizadas 203,3 mil pessoas, o correspondente a 32,6% da meta. O município diz realizar medidas preventivas de bloqueios de criadouros em casos suspeitos, além de orientação da população no que diz respeito à febre amarela e também em relação à proteção dos macacos.

São Caetano obtém o melhor índice de vacinação das sete cidades – 77,85% da meta programada de 89.713 pessoas. Por isso, a campanha continua até sábado na cidade. Após este período, as vacinas poderão ser adquiridas no centro de Saúde municipal.

Diadema imunizou 194 mil pessoas, o que representa 46,4% da população. Já Mauá aplicou 115 mil doses da vacina desde o início da campanha, em 25 de janeiro. Na cidade, também será utilizada força-tarefa itinerante para vacinar moradores de áreas com risco maior de contaminação. As equipes percorrem as casas, checam a situação vacinal e, se necessário, aplicam a dose.

Em Ribeirão Pires, onde 22,8 mil pessoas foram protegidas até o momento, a estratégia foi ampliar a campanha para o Terminal Rodoviário, das 7h às 21h.

 

Estado contabiliza 202 registros autóctones da doença até agora

De 2017 até o momento houve 202 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 76 deles evoluíram para óbito. Desde 2017, 53,9% das infecções da doença foram contraídas em Mairiporã e 16,8% em Atibaia.

A campanha está sendo realizada com a dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde, e é aberta para toda a população, respeitando-se as indicações e contraindicações das autoridades de Saúde. Quem já recebeu a vacina anteriormente não precisa ser imunizado mais uma vez. As crianças devem levar a carteira de vacinação e estarem acompanhadas dos pais ou de um responsável. Os adultos precisam apresentar documento com foto.

A transmissão urbana da febre amarela também pode ocorrer a partir da picada do Aedes aegypti. Por isso, a prevenção da doença deve ser feita evitando o acúmulo de água parada. Já no meio silvestre, os propagadores do vírus são o Haemagogus e o Sabethes.




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