"A cada mudança de atividade física, observamos se houve melhora ou piora do quadro. Somente após cada reavaliação nós decidimos o próximo passo. Ainda não é possível precisar quando o atleta poderá participar dos jogos oficiais, mas é certo que quando isso acontecer, ele jogará por algum tempo com óculos de proteção, indicação usual em casos de lesões oculares de magnitude moderada a grave", afirmou o especialista em retina e membro titular da sociedade brasileira de retina e vítreo, Celso Afonso Gonçalves.
A bolada provocou em Bruno Henrique cinco lesões importantes na região da retina. O incidente também levou a uma perda total da visão do olho direito em um primeiro momento. E a avaliação também constatou alterações oftalmológicas importantes, principalmente na região mais posterior do globo ocular, onde esta localizada a retina.
"No momento da consulta o paciente apresentava acuidade visual de vultos. Imediatamente foram realizados exames de Mapeamento de Retina, Ultrassonografia ocular, Retinografia e Tomografia de Coherencia Optica (OCT). Os exames detectaram cinco lesões importantes da região da retina do olho direito, secundárias ao trauma. Desde então, o atleta vem tratando as lesões cada uma ao seu tempo. Ele já realizou mais de seis procedimentos. Até o momento, não apresentou descolamento da retina. A possibilidade de necessidade de cirurgia ainda existe, mas pouco provável. Apresenta melhora lenta e progressiva, e atualmente já recuperando a visão periférica", relatou Celso Afonso ao site oficial do Santos.
Bruno Henrique está em evolução, o que o levou a ser liberado para a realização de treinos em que não exista risco de choque, pois ele ainda não recuperou a visão. E o seu quadro é avaliado constantemente para definir os próximos passos no processo que o levará a ser liberado para voltar a defender o Santos.
"O quadro de hemorragias está em fase de reabsorção. Assim sendo, numa interação com o departamento médico do Santos, já iniciamos o retorno do atleta para as atividades físicas há cerca de uma semana. Inicialmente, ele começou fazendo apenas a parte aeróbica, sem carga, e estamos aumentando a carga a cada dois dias, sendo que a cada mudança na carga, estamos reavaliando o paciente", concluiu Celso Afonso.
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