Platini fora suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa em outubro de 2015 por ter recebido cerca de 2 milhões de francos suíços (cerca de R$ 6 milhões) diretamente de Joseph Blatter, então presidente da entidade. O pagamento, feito sem contrato escrito, somente verbal, causou suspeitas e ambos acabaram sendo suspensos.
O francês foi punido inicialmente pela Fifa com oito anos. A pena foi diminuída para seis anos pelo Comitê de Apelação da entidade e, posteriormente, para quatro pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), após recursos de Platini.
Apesar da redução de sua pena, o francês ressaltou que deseja provar sua inocência e que, por isso, recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França, no mês passado.
"Eu quero a justiça de volta. Não fiz nada de errado", explicou Platini à agência The Associated Press nesta quarta-feira. "Eu quero que minha integridade seja reconhecida. Com este pedido à Corte Europeia dos Direitos Humanos, estou contestando todas as sanções da Fifa e da CAS. Não vou desistir."
Platini diz ter sido vítima de uma conspiração organizada por Blatter, que, supostamente, queria tirá-lo do futebol. O caso tirou o francês da presidência da Uefa e da eleição presidencial da Fifa, justamente para substituir Blatter, em 2016, quando era considerado favorito.
"Eu me considero uma vítima, não apenas de uma injustiça, mas também de uma conspiração política da Fifa para me impedir de ser presidente da instituição. Eu fui uma ameaça às posições, aos interesses e aos privilégios de muita gente na Fifa", afirmou Platini.
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