"Com o objetivo de alinhar a estratégia de investimento social privado da B3 à evolução de sua cultura corporativa, a B3 Social (OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) passa a atuar a partir de 2018 direcionando seus recursos para atividades vinculadas a educação e formação de jovens para o trabalho. Educação é um eixo estratégico para a B3 e um tema que permeia o negócio. É parte do compromisso com o avanço dos mercados e, consequentemente, do País", disse, em nota.
A decisão pegou de surpresa atletas e técnicos, ainda mais em um momento em que muitos se preparam para conquistar vaga para a disputa do Mundial Indoor de Atletismo, que será disputado de 1º a 4 de março em Birmingham, na Inglaterra. "Fui informado hoje e preciso me inteirar direito de como vai ser. Foi uma novidade para mim. Nós temos que ver como vai funcionar essa migração, a questão de valores", explicou Evandro Lázari, presidente da Orcampi e que também trabalhava na B3.
"Achamos que a Orcampi é uma boa candidata a receber o patrocínio da B3 em 2018, pela proximidade que as duas equipes sempre tiveram e porque temos condições para isso, pois somos a terceira equipe do Brasil. Mas ainda não há nada definido", comentou Lázari, ciente de que alguns desdobramentos ocorrerão nos próximos dias.
Dos seis atletas brasileiros classificados para o Mundial Indoor até o momento - Thiago Braz (salto com vara), Darlan Romani (arremesso do peso), Rosangela Santos (60m), Leticia Cherpe (400m), Nubia Aparecida Soares e Almir Júnior (salto triplo) -, dois são da equipe B3: Darlan e Nubia. No total, a B3 conta com 57 atletas, além de comissão técnica e médica.
A BM&FBovespa atualmente também é parceira da Orcampi, um instituto criado pelo corredor Vanderlei Cordeiro de Lima que atende gratuitamente dezenas de crianças e adolescentes, muitos em situação de vulnerabilidade social. Além dela, a Caixa é outra parceira e alguns detalhes serão resolvidos para ver como ficará a questão dos apoios, pelo menos até o final de 2018.
O projeto da BM&F foi iniciado em 1990, com a intenção de fomentar o atletismo para trabalhar também a inclusão social de jovens pela modalidade. Desde então, a equipe conquistou importantes resultados internacionais e se tornou referência no esporte. Um dos maiores incentivadores dele foi o antigo presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Ele deixou o comando da empresa no ano passado.
"Com esta definição estratégica, tem início agora um processo de transição da B3 Atletismo. Em respeito a uma história de 30 anos no esporte, e a fim de conduzir essa transição com o menor impacto possível, a B3 Social continuará apoiando o atletismo com aportes financeiros ao longo de todo o ano de 2018 e está em tratativas para a doação de todo seu acervo esportivo a outras instituições tradicionais do atletismo", informou a B3 em nota.
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